Enviada em: 24/04/2019

Desde o Brasil colonial, a figura feminina foi referendada aos afazeres domésticos. Essa associação, por sua vez, perpetuou no tecido social até a hodiernidade. Todavia, esse paradigma tem enfrentado mudanças, uma vez que é notório perceber a presença, cada vez mais constante, da mulher no mercado de trabalho. Esse cenário, assim, evidencia uma quebra de um paradigma histórico, não obstante, demonstra que essa conquista ainda não possui solidez, já que em momentos de crise econômica, os direitos da mulheres são questionados.                 A priori, o Dia Internacional da mulher é uma marca histórica da luta por direitos, haja vista que operárias, que protestavam para reivindicar melhores condições de trabalho em uma fábrica, foram queimadas. Dessa maneira, é possível perceber como a figura feminina foi subjugada, inferioriza e, por fim, limitada a um posição de inferioridade em comparação à  figura masculina, durante séculos. No entanto, com as reivindicações dos grupos de feministas, principalmente a partir  dos anos 20 do século passado, foram importantes para que a mulher pudesse conquistar o direito ao voto em 1932, por exemplo. Dessarte, essas mudanças graduais foram importantes para que a mulher, na contemporaneidade, conquistasse o mercado de trabalho, evidenciando, desse modo, uma quebra de paradigma na conjunção histórica do país.             No entanto, com as mudanças recentes na conjuntura econômica do Brasil, marcada pela redução substancial do crescimento econômico e pelo aumento das taxas de inflação, associadas às políticas de ajustes fiscais, por meio de cortes nos recursos na área social, as conquistas obtidas nos últimos anos, tanto nos campos sociais e políticos, estão ameaçados. Nessa perspectiva, se insere a figura feminina no mercado de trabalho, dado que esse cenário contribui com que a supressão de direito venha se tornar alternativa para amenizar a instabilidade, como a duração da licença maternidade que é levada à discussão por alguns parlamentares que almejam revogar essa medida. Dessa forma, é evidente que as conquistas das mulheres ainda não estão solidificadas, pois em momentos de crise econômica, os direitos conquistados são questionados.            Logo, cabe às ONGs- Organizações não Governamentais- realizarem palestras para as autoridades políticas, sobre a importância da mulher no mercado de trabalho do país. Para isso, é favorável convidar sociólogos e historiadores, com intuito de contribuírem na construção de um conhecimento sólido sobre o assunto em questão e, consequentemente, a necessidade da permanência de leis que venham favorecer a mulher, como o direito da licença a maternidade. Dessa forma, garantir-se-á essa quebra de paradigma histórico mesmo em tempos de crise econômica.