Enviada em: 24/04/2019

Orgulho e Preconceito. Essas duas palavras, título do livro da escritora Jane Austen, descrevem o cenário da mulher diante do mercado de trabalho brasileiro. Embora seja uma conquista estarrecedora ter a possibilidade de independência financeira, a mulher ainda sofre com desigualdade salarial, assédio e excesso de trabalho no dia a dia. Essa realidade é preocupante e, por isso, precisa de mudanças.  Em primeiro lugar, deve-se considerar a existência de diferentes motivos que explicam essas situação. É possível pensar, por exemplo, no atraso social vivido pela mulher no Brasil durante o patriarcado. Este período  foi responsável pelo cerceamento da liberdade das mulheres e também por defini-las como objetos, com finalidade de procriar e cuidar da casa, apenas. Ademais, mesmo atualmente, com a  conquista de quase 50% do mercado de trabalho, segundo dados do Ministério do Trabalho, a mulher não possui seus direitos garantidos na prática. Isso é resquício do retardo das Leis Trabalhistas da constituição de 1988, que assegurou os direitos da mulher no trabalho. São 21 anos de direitos, teoricamente, garantidos contra mais de 3 secúlos de desvalorização da mulher e machismo enraízados na cultura.   Em segundo lugar, é possível perceber as graves consequências desse panorama. Um deles se remete ao assédio que as mulheres vivem, visto que aparentemente os homens acham que o mercado de trabalho funciona como um prostíbulo, pois desvalorizam completamente a competência e quailificação profissional da mulher em detrimento da aparência e da susceptibilidade às investidas sexuais. Além disso, a mulher vive uma jornada dupla de trabalho, pois é moralmente imposto que após um dia cansativo de trabalho, ela seja a responsável por todos os afazeres domésticos da casa e dos filhos.    Portanto, é imprescíndivel adotar medidas para mudar essa realidade infeliz. O ideal seria que o Ministério da Mulher exigisse a fiscalização do cumprimento das medidas previstas nas Leis Trabalhistas, assegurando, principalmente, a segurança no trabalho e a igualdade salarial. Já, para combater a herança patriarcal e a jordana dupla de trabalho, seria interessante que o Ministério da Educação incluísse no currículo escolar atividades que ensinem as crianças e jovens sobre tarefas domésticas, igualdade dos sexos e, também, a necessidade de lutar pela garantia dos seus direitos, principalmente as mulheres. Assim, futuramente, a tendência é de que, além de maior participação no mercado de trabalho, a mulher seja devidamente valorizada.