Enviada em: 25/04/2019

Desde a revolução industrial, que ocorreu no século XVIII, as mulheres buscam garantir a equidade de direitos trabalhistas em relação aos homens. Entretanto, décadas após a imersão feminina ao mercado de trabalho acontecer, observa-se os mesmos desafios e preconceitos perdurarem. O enraizamento da cultura machista na sociedade e os desafios da dupla jornada tornam a isonomia de direitos uma realidade utópica.    Primeiramente, é importante ressaltar que, segundo dados levantados  pelo Ministério do Trabalho, em 2016, os homens ocupavam 56% dos cargos formais no mercado de trabalho. Além disso, de acordo com um estudo levantado pela Gamers Club, plataforma de jogos virtuais, as mulheres recebem 32% menos que homens para cargos equivalentes. As referidas situações expressam nitidamente o preconceito de gênero enfrentado pelas mulheres. Em uma sociedade, simultaneamente, progressiva e arcaica, percebe-se que o conhecimento técnico e produtivo individual ainda cede seu lugar a preceitos obsoletos.    Além disso, a dupla jornada vivenciada pela grande maioria das mulheres intensifica os desafios encontrados pelas mesmas. As imposições históricas, feita pela sociedade, para que a figura feminina exerça "apenas" as funções de dona de casa, mãe exemplar e boa esposa passaram a transitar por gerações como um fardo, pesado e inseparável.    Em síntese, percebe-se que os desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho derivam de um cultura extremamente preconceituosa, que durante anos foi estimulada pela sociedade. Primeiramente, cabe ao poder judiciário, através de seus respectivos representantes, garantir a aplicabilidade do princípio da isonomia, principalmente em empresas privadas que possuem o hábito de dervirtuasse do referido ponto. Outrossim, é importante que o MEC trabalhe, no ensino básico e fundamental, através de palestras e atividades interativas, buscando desconectar a figura da mulher a obrigatoriedade de ser dona de casa.