Enviada em: 03/05/2019

Na adaptação cinematográfica da obra literária "Orgulho e preconceito" de Jane Austen, podemos observar que a mulher é vista apenas como dona do lar, criada e educada para se casar e cuidar dos filhos, dogmas que a personagem principal tenta quebrar. Assim como no filme, as mulheres foram vistas dessa forma por muitos séculos, mas começaram a ganhar espaço na sociedade e atualmente, embora sejam a minoria, são parte ativa no mercado de trabalho. No entanto, nem todas as batalhas foram vencidas e as mulheres ainda precisam lidar com a desigualdade salarial e o assédio.       O fenômeno de discrepância salarial entre homens e mulheres é um problema atual do mercado de trabalho brasileiro. Esse impasse começa já na faculdade, quando o número de mulheres discentes e docentes em áreas de exatas é menor em relação a humanas. Já nas empresas, a mulheres de mesma etnia, mesmo grupo social e mesma formação que o homem, em sua maioria recebem um salário menor. Segundo dados do IBGE, em 2010 as mulheres recebiam apenas cerca de 70% do salário de um homem, ou seja, 30% a menos. Um descaso para todas as mulheres que passam a vida se dedicando a sua profissão.       Um outro desafio encontrado é o assédio dentro das empresas. Na maioria das vezes esse inconveniente parte de um superior para seu subordinado, ele pode usar meios de chantagem e intimidação para "seduzir" a vítima. As mulheres que sofrem com este crime geralmente tem medo de denunciar, uma vez que podem sofrer represálias dentre do ambiente de trabalho. Esse tipo de problemática fere com o emocional, a integridade e a honra da vítima.       Destarte, é fundamental que o Ministério do Trabalho se atente a solucionar tais impasses. A criação de leis que não admitam a desigualdade salarial nas grades e pequenas empresas afim de valorizar a mulher como profissional é uma medida cabível ao governo. É importante também que o governo busque incentivar as vítimas de assédios a denunciarem seus superiores, levando palestras até as comunidades que podem ser realizadas pela polícia e criando leis que proíbam a demissão ou rebaixamento da funcionária que denunciar tal crime, garantindo a segurança das trabalhadoras brasileiras.