Muito se discute sobre a competência feminina de ocupar cargos geralmente tomados por homens. Não há como negar a dificuldade e o preconceito sofrido pelas mulheres, presente desde o início dos tempos, as moças não podiam aprender a atirar nem mesmo para defesa, Maria Bonita foi a primeira mulher brasileira a fazer parte de um grupo de cangaceiros, em meados de 1930. No contexto atual, pode-se presenciar a admissão de mulheres na AMAN, Academia Militar das Agulhas Negras, fundada em 1792, mas apenas em 2018 houve espaço para o sexo feminino. Em uma primeira análise observa-se a desigualdade presente mesmo no século XXI. Nesse contexto fica clara a existência de diferença salarial embasada somente no sexo, seja, homem recebe mais, ou mulher, recebe menos, mesmo cumprindo as mesmas tarefas. Tendo em vista esses aspectos presentes no dia-a-dia do brasileiro, a luta diária feminina toma proporções necessárias que nada mais é que “Justiça Histórica”, como cita a Professora Jana Rabelo. Outro aspecto a ser abordado é a ideia de multitarefas, se a mulher deseja trabalhar como irá formar uma família. Ainda hoje o machismo enraizado reflete na escolha da mulher colocar em segundo plano a meta de construir uma família. Além disso, o sonho de se graduar e ser bem sucedida é equivalente ou até mesmo maior que o de ser mãe. Em última análise como é retratada na série brasileira “Coisa Mais Linda” passada em 1950, a mulher pode sim ser as duas coisas, ou três, ou o que ela quiser. Ser mãe, ser realizada na área do trabalho, e acima de tudo, ser respeitada, que é uma das maiores dificuldades. Diante do exposto, a luta de Maria Bonita a conquista feminina de entrar na AMAN, deve ser apenas um impulso para os demais cursos e profissões aceitarem ambos os sexos. Dessa maneira, os membros do plenário devem criar uma Lei que exija um número mínimo de vagas para mulheres, primeiramente em cargos públicos depois nos demais. Sabe-se que a capacidade de cada um não pode ser medida pelo sexo, peso ou cor, dessa forma a Lei que diz “As mulheres possuem os mesmos deveres e direitos que os homens” deve ser colocada em prática, diferente do que acontece no país.