Enviada em: 17/05/2019

A mulher brasileira enfrenta diariamente uma sociedade marcada pelo patriarcalismo. Infelizmente, o mercado de trabalho reflete essa realidade. Dentre os muitos problemas relativos ao gênero, estão a dupla jornada de trabalho e o recebimento de menores salários. Nesse contexto, nota-se a necessidade de mudar a lógica machista presente nessa instituição social.    A princípio, é importante ressaltar que parte dos problemas que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho vem de casa. Segundo o Ipea(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), elas trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana. Isso se deve à dupla jornada de trabalho, que inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado. Infelizmente, grande parcela da sociedade brasileira ainda acredita que cozinhar, lavar e passar são obrigações apenas femininas. Isso representa um obstáculo para aquelas que querem se dedicar à vida profissional.      A segunda questão a ser levantada é a desigualdade salarial. De acordo com o IBGE, as mulheres recebem, em média, 80% do rendimento médio dos homens. Isso pode ser explicado, dentro outros fatores, pelo machismo presente em muitas empresas, que desrespeitam a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) ao pagar menores salários para mulheres que desempenham os mesmos cargos que homens, pelo mesmo período de serviço. Essa é a realidade laboral das mulheres no Brasil.    Portanto, em virtude do que foi mencionado, observa-se a necessidade de mudança na estrutura social brasileira. Para tanto, a família, primeira instituição social, deve ensinar às crianças  que homens e mulheres são seres de igual capacidade e obrigações. Isso deverá acontecer por meio do diálogo e de exemplos dentro de casa, além disso, independência doméstica precisa ser ensinada tanto para meninos quanto para meninas. Assim, as novas gerações formação uma sociedade menos machista e as mulheres não enfrentarão tantos obstáculos relacionados ao gênero no mercado de trabalho brasileiro.