Enviada em: 24/06/2019

Durante o período da segunda guerra mundial, o trabalho feminino ascendeu na dinâmica produtiva mediante a falta de mão de obra masculina, sendo estas submetidas à condições desiguais de trabalho. Hodiernamente, tal realidade ainda prevalece, sendo um empecilho a ser enfrentado, sobretudo, na desigualdade salarial e também nas progressões de cargos.         Em primeira instância, segundo o artigo 146 da Consolidação das leis de trabalho, qualquer trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia ou idade. Diante isso, na prática não é o que acontece, a exemplo disso, cabe ressaltar o caso da jogadora de futebol feminino, Marta, que em defesa da igualdade salarial, recusou patrocínios de grandes marcas visto que os pagamentos era inferior comparado ao gênero masculino. E também, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres recebem o equivalente a 76,5% dos rendimentos dos homens. Dessa forma, é notória a permanência da realidade do séc XX mascarada na atualidade.     Em segunda instância, convém salientar que o machismo ainda se torna presente na sociedade contemporânea, exemplo disso, a discrepância na disponibilização de vagas para as mulheres em concursos militares comparado aos homens. Como também, a dupla jornada de trabalho, em casa e no mercado profissional. Desse modo, o machismo velado na cultura hodierna condiciona o emponderamento feminino nas progressões de cargos, tal como ocorria na geração X.     É tácito que fatores socioeconômicos determinam a situação da mulher brasileira no mercado de trabalho. Portanto, cabe ao poder midiático por meio de propagandas e mobilizações nas redes sociais, incentivarem a formação de movimentos sociais, na qual visem a igualdade salarial entre os gêneros e também resistência ao machismo, com o auxílio das leis. A fim de que universalize o pleno exercício da cidadania feminina, assim, através da isegoria esse cenário será transformado e os antepassados históricos distanciados da realidade atual.