Enviada em: 22/06/2019

Desde a Grécia antiga, no período da antiguidade, as mulheres realizavam um papel secundário na organização social. Enquanto os homens eram os responsáveis pela luta armada, filosofia e política as mulheres eram responsáveis pelos afazeres do lar. Durante séculos essa organização continuou praticamente igual, com apenas pequenas mudanças ao longo do tempo. Entretanto com a modernidade e o advento do capitalismo houve a necessidade da inserção da mulher no mercado de trabalho. Se por um lado essa inserção possibilita que a população feminina tenha um grau maior de liberdade pessoal, por outro lado essa população ainda enfrenta grandes problemas de inserção no mercado.     O Brasil historicamente sempre foi considerado um país agroexportador, em um cenário de população ruralizada, o papel feminino em relação ao mercado passa a ser secundário. Todavia, em meados do século XX o país começou a tornar-se um país industrializado. Não coincidentemente, a participação feminina começou a aumentar: De acordo com o IBGE, em 1950 apenas 13% da população feminina é economicamente ativa, hoje em dia o número ultrapassa os 49%. Similarmente o aumento da participação feminina na lógica do mercado trouxe a essa população um aumento gradativo de liberdade, diferentemente da antiguidade clássica, ou de qualquer outro período menos recente da história, a mulher pode fazer escolhas referente a sua vida pessoal sem que haja interferência direta do homem em suas escolhas. Sendo assim, o aumento da participação feminina no mercado de trabalho significa diretamente um aumento em sua liberdade individual.     Se por um lado a mulher brasileira começou a ter uma maior liberdade com o crescimento econômico, por outro ainda encara uma série de problemas para a sua total inserção no mercado. A desigualdade de gênero no ambiente de trabalho é um dos principais entraves para sua total absorção pelo mercado. Estudos recentes do IBGE apontam que as mulheres recebem entre 70 e 80% do valor masculino. Ademais, outro problema que dificulta a plena absorção pelo mercado é o fato de que mulheres dedicam, ainda, mais tempo aos afazeres domésticos do que os homens.   Em suma, a população feminina está ano após ano tendo uma maior participação no mercado brasileiro, porém ainda há problemas que travam esse crescimento. Sendo assim, são necessárias medidas para que haja a plena participação feminina no trabalho. Para isso, deve ao governo federal junto aos órgãos trabalhistas efetuar a fiscalização necessária para garantir a igualdade de gênero. Junto a tal, devem ser promovidas campanhas por ONGs e prefeituras afim de conscientizar a população feminina sobre seu espaço cada vez mais presente. Diminuindo assim, a desigualdade.