No Brasil, é crescente a participação da mulher no mercado de trabalho e é notório o aumento de sua importância na economia. É progressiva também a responsabilidade feminina no sustento da família e destaque profissional em diversos setores. Entretanto, as funções exercidas, os cargos e as remunerações dessas mesmas mulheres ainda se encontram em defasagem considerável quando comparados com os dos homens. De acordo com os dados do Ministério do Trabalho que são baseados em pesquisas do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), a participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro tem ganhado destaque principalmente nos últimos anos e em 2007 a presença feminina representava 40,8% do mercado formal, já em 2016, esse número subiu para 44%. Em uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi comprovado que as mulheres enfrentam desigualdades no mercado de trabalho em relação aos homens. De acordo com o IBGE, o rendimento habitual médio mensal de todos os trabalhos e razão de rendimentos, por sexo, entre 2012 e 2016, as mulheres ganham, em média, 75% do que os homens ganham. Um dos fatores preponderantes para a conservação desse quadro desigual envolve aspectos históricos, culturais e sociais. Apesar desse crescimento, uma parte das mulheres ainda tem que passar por dificuldades que muitos homens não encontram tais como o equilíbrio entre atividades domésticas versus o emprego fora de casa e a diferença salarial. Apesar de terem conquistado mais autonomia, as mulheres ainda têm menos espaço no mercado de trabalho e possuem uma participação maior no serviço familiar não remunerado na comparação com os homens. Portanto, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) deve realizar algum tipo de estímulo como por exemplo uma campanha que faça com que as mulheres lutem por seus direitos, tanto salariais como de cargas horárias. E para que o Governo tenha reconhecimento da importância desse tipo de investimento, é necessário que a população manifeste-se, como forma de protesto pelo interesse de atingir uma igualdade dentro do mercado de trabalho entre os homens e mulheres.