Enviada em: 01/08/2019

Segundo o teórico iluminista Rousseau, as mulheres são naturalmente mais fracas, apropriadas para reprodução, mas não para a vida pública. Apesar desse filósofo ser um dos principais influenciadores na formação do pensamento político, ele encontra-se atrasado em relação à igualdade de gênero. Entretanto, na contemporaneidade, embora tenha ocorrido grandes transformações no meio social envolvendo principalmente a ocupação da mulher no mercado de trabalho, ainda existe preconceitos em relação a esse gênero. Desse modo, é preciso medidas para vencer às questões históricas e sociais para assim, assegurar que essas cidadãs tenham espaços nos diversos setores sociais.    Nesse viés, a participação feminina em 1789, durante a Revolução Francesa, significou um marco para as mulheres, pois serviu como embasamento para uma nova definição de seu papel na sociedade, ocupando lugares no mundo fabril que antes era designado somente aos homens. Contudo, as relações de igualdade entre os gêneros feminino e masculino não acompanhou essas mudanças, haja vista que ainda há uma construção histórica, cultural e até mesmo, equivocadamente, biológica em torno dessa questão. Desse modo, essas cidadãs enfrentam, por exemplo, a dupla jornada de trabalho, além de desempenharem a mesma função que homem, porém com salários muito abaixo, como evidencia os estudos feitos pelo IBGE, que mostram, em média, 20,5% das mulheres ganham menos que os homens no país. Em virtude disso, observa-se que é imprescindível desconstruir o preconceito histórico-social atrelada à problemática.    Concomitantemente, a busca pelo reconhecimento no espaço público e democrático,  o Estado tornou-se mais ativo, elaborando políticas de ação efetiva, como a Consolidação das Leis do Trabalho, que passa avigorar essas cidadãs direitos que antes não eram estabelecidos. Porém, tornar eficaz esse dispositivo continua um grande desafio, visto que de acordo com PNAD, cerca de 75% da mão de obra feminina está desempregada e boa parte que conseguiu trabalho está na informalidade, sem proteção social. Dessa forma, investir na capacitação, bem como garantir o acesso desse grupo no ramo laboral é de fundamental importância.   Portanto, é imperativo que o Ministério do Trabalho amplie, por meio de fiscalizações e multas às empresas que não assegurarem a igualdade salarial, a fim de diminuir essa discrepância de valores entre esses gêneros. Além disso, é pertinente que o MEC promova projetos educacionais mediante palestras e distribuição de materiais didáticos com o fito de vencer paradigmas impostos historicamente. Ademais, o Governo Federal investir em projetos de capacitação das mulheres para que elas saiam da informalidade.  Assim, o pensamento de Rousseau será ultrapassado.