Enviada em: 05/04/2017

Eu não sou louco.   Agraciados pelos deuses e pessoas "mágicas" na Idade Média e seres demoníacos e perigosos que precisam ficar isolados no século XVII e no iluminismo.Ao longo da história,as pessoas com transtornos mentais foram tratadas de diversas formas.Hoje embora se tenha uma visão cientificamente avançada acerca das doenças mentais,ainda existe preconceito,medo e repreensão revelando a necessidade  de maiores discussões sobre o tema.   De acordo com dados da OMS,mais de 400 milhões de pessoas são afetadas por doenças e transtornos mentais,dentre as quais a depressão é a de maior incidência,e mais de 75% delas não possui tratamento adequado e os profissionais especializados são inferiores á demanda.Uma vez que o acompanhamento é indispensável,os casos tendem a piorar devido a falta de acesso aos remédios,consultas e assistência e cuidado da família.   Como dito anteriormente,o apoio da família a quem tem doenças mentais ainda é deficiente,pois devido ao fato de ainda existir um estigma em relação aos transtornos e pelo medo de o afetado gerar problemas aos demais familiares,o cargo de cuidar de quem possui algum transtorno é deixado apenas para os asilos e hospitais psiquiátricos,que (mais uma vez)não possui profissionais  suficientes e preparados pra tratar o paciente e também locais adequados.Exemplo disso são os terríveis casos de choque elétrico nos pacientes e esgoto a céu aberto no manicômio de Barbacena,Minas gerais.   Fica claro portanto,que a necessidade de discussões e projetos que envolvam doentes mentais envolve todas as esferas da sociedade,pois o problema vai desde a família,passa pelos profissionais da saúde,pela mídia e chega até a esfera política,que precisa se empenhar para criar projetos de lei para conceder maiores recursos aos hospitais psiquiátricos e investimentos na formação de profissionais.   O doente mental não é um louco.Ele possui uma doença que precisa de cuidados como qualquer outra doença e a sociedade especialmente as famílias precisam entender isso.Não se trata de deixá-lo em um hospital.É preciso que olhem para o doente com olhar humanitário e entendam que é possível inseri-lo no cotidiano da família e na sociedade sem nenhuma perigo para essas.Pra isso a mídia  junto com os órgãos públicos e ONGs precisam se empenhar em propagandas de conscientizacão acerca das doenças mentais,minicursos e seminários que envolvam encontros para promover a convivência entre a sociedade e quem possui algum transtorno.Só assim será possível mostrar ao doente que existe sim a possibilidade de conviver em sociedade sem preconceito.