Enviada em: 13/04/2017

O tabu do século XXI  Os transtornos mentais como a depressão, também conhecida como "o mal do século XXI", vem apresentando significativo crescimento no mundo e sua discussão torna-se cada vez mais necessária. Embora o desenvolvimento da medicina possa proporcionar melhorias na qualidade de vida dessas pessoas, questões políticas, culturais e informacionais impossibilitam que o tratamento seja destinado à todos.    De acordo com a Lei Paulo Delgado, os portadores de doenças psíquicas no Brasil possuem o direito à terapia humanizada, de modo que o paciente receba atendimento de qualidade e apropriado a sua necessidade. Em contraste com essa proposta, está o reduzido investimento governamental no setor, visto que o número de Centros de Atenção Psíquicos Sociais (CAPS), não suportam a quantidade de pacientes. Com isso, o sistema de saúde sobrecarregado torna-se inacessível à parte desse grupo.    O aspecto cultural também está relacionado ao preconceito e ao estigma do transtorno mental, uma vez que por muito tempo essa doença foi sinônimo dos mais pejorativos termos. Louco, doido e demente eram algumas das formas desrespeitosas atribuída a essas pessoas. Por esse motivo, o preconceito em relação ao tratamento psiquiátrico e a medicação persiste não somete na sociedade civil, mas também pelo próprio indivíduo.     Apesar do número cada vez maior de pessoas que apresentam sintomas de depressão, ansiedade, síndrome do pânico entre outras, o assunto ainda é considerado tabu e é dificilmente debatido abertamente. Além de ser um problema banalizado por muitos é também pouco divulgado pelos meios de comunicação. Dessa forma, o desconhecimento da gravidade da doença fazem com que pessoas não busquem tratamento adequado, podendo ocasionar danos irreversíveis à saúde ou até mesmo o suicídio.    Os transtornos mentais, portanto, devem ser mais discutidos, uma vez que não reconhecer a doença como uma questão de saúde pública é ignorar os direitos do cidadão. Para isso o Governo Federal em parceria com as Organizações Não Governamentais (ONGs) deveriam aumentar a arrecadação para a criação de mais CAPS nas cidades, de modo que essas pessoas possam receber atendimento de qualidade. Além disso, o investimento  em campanhas e materiais informativos devem ser mais difundidos pelos meios de comunicação, para que o assunto seja amplamente divulgado como a aids e o câncer. Com essas medidas, as doenças psíquicas serão mais reconhecidas e tratadas com devida importância.