Enviada em: 14/04/2017

A preocupação sobre doenças psicológicas não é um fato restrito à atualidade, desde o século XIX, pesquisas a esse respeito foram iniciadas por Sigmund Freud. À vista disso, é notável que, hoje, sabe-se mais sobre tais enfermidades, como a tendência ao suicídio e doenças autoimunes. Todavia, a busca pela perfeição existente na sociedade, como também o descaso familiar e governamental geram a banalização desses problemas.      Em primeira instância, segundo o psicanalista Freud, o homem poderia ser muito melhor se não quisesse ser tão bom, tal pensamento pode ser exemplificado no fato de que a intolerância a falhas ascende o número de casos de depressão. No Brasil, 18% dos jovens são diagnosticados como depressivos e, em muitos casos, esse percentual é explicado por ocasiões como términos de relacionamentos e reprovações em vestibulares. Além disso, os pais não oferecem a assistência necessária aos filhos devido a ocupações com trabalho e tais problemas são despercebidos pela família.    Ademais, o número de clínicas gratuitas que tratam distúrbios como esquizofrenia e bipolaridade é insuficiente à demanda existente no Brasil. Somado a essa escassez de acompanhamento médico, tem-se também a dificuldade que deficientes mentais possuem sobre a garantia efetiva de seus direitos, como o acesso à educação. É evidente que diversas escolas recusam alunos em razão da ausência de apoio governamental para que melhorias para recepção dessas pessoas ocorram.      Faz-se premente, portanto, medidas para que doenças mentais sejam tratadas com maior seriedade. Para isso, é papel dos Ministérios da Saúde e Educação maior incentivo ao tratamento e inclusão dessas pessoas a partir da criação de clínicas médicas e adaptações em ambientes escolares, a exemplo do acompanhamento com psicólogos. Como também, os pais devem reservar tempo para diálogos com seus filhos sobre problemas pessoais para que situações simples não acarretem algum tipo de enfermidade. Dessa maneira, a sociedade lidará com distúrbios psicológicos de forma mais coerente.