Enviada em: 17/04/2017

Muito se tem discutido a respeito das doenças mentais, consideradas o "mal do século 21", pois afetam uma grande parcela da população mundial na atualidade. Nesse sentido, elas são intensificadas pelo ritmo da vida moderna, e pelo preconceito existente em relação á elas. Dessa forma, é fundamental a criação de meios que promovam a proteção e qualidade de vida dessas pessoas.    Sabe-se que, em meados do século 19 poetas, poetas do Romantismo discorreram sobre suas vivências da época, em textos marcados pelo pessimismo, melancolia e dor existencial, caracterizando o "mal do século". Atualmente, o sofrimento emocional é associado a um viés romântico e, desse modo, suscita o preconceito, que considera sinônimo de fraqueza alguns sintomas de doenças mentais. Assim, o desconhecimento sobre o assunto é responsável pelos inúmeros casos de pessoas doentes que não recebem tratamento, pois não relacionam os sintomas à uma doença,e tendem a achar que são passageiros; além do  fato de os hospitais públicos, em sua maioria, não oferecerem suporte adequado a esses distúrbios mentais.     Ainda convém lembrar que esses problemas são especialmente altos em mulheres, desempregados e pessoas de baixa renda. Este é um reflexo da modernidade, onde a pressão na vida das pessoas é um fator constante e a sociedade é voltada para o consumo e acúmulo de riquezas, características que, segundo Zygmunt Bauman, tornam as relações interpessoais líquidas, ou seja, efêmeras e frágeis. Desse modo, o ser humano, que é naturalmente um ser social, torna-se mais vulnerável aos males psíquicos, como a depressão.     Portanto, é essencial a conscientização da população sobre a existência dessas  doenças, podendo ser feito por meios midiáticos, a fim de expurgar o preconceito, e para que elas possam fazer o reconhecimento dos sintomas e buscar tratamento. Além disso, hospitais devem realizar  programas de treinamento e educação para a equipe de saúde da família, para que estes promovam melhorias no suporte a esses pacientes.