Enviada em: 22/05/2017

As doenças mentais atingem uma considerável parcela da população brasileira, independentemente da sua idade ou posição social. Nesse sentido, é possível afirmar que não apenas os idosos sofrem de alguma psicopatologia, como também jovens e adultos experienciam essas mesmas dificuldades. Contudo, algumas pessoas frequentemente acreditam que esses distúrbios são meros sentimentalismos, daí a necessidade de uma mobilização social em relação à essa adversidade. No que se refere à mente, a literatura mostra com Fernando Pessoa que uma das formas de saúde é a doença. Por analogia, seres humanos são passíveis de adoecerem com o tempo. Dessa forma, psicólogos, terapeutas e analistas são grandes auxiliares no tratamento mental. Entretanto, segundo a revista de saúde pública USP, o Sistema Único de Saúde (SUS) é lento, o que desanima muitos pacientes a aguardarem uma vaga nas filas de espera. Ademais, a ansiedade e o pânico são muitas vezes passageiros e, por isso, não são tratados com seriedade. Outrossim, de acordo com o cardiologista doutor Lair Ribeiro, uma relevante parcela dos cidadãos demonstra preconceito contra pessoas bipolares e com Alzheimer, por meio de impaciência e rejeição. Hodiernamente, é comum a percepção de que indivíduos debilitados não devam sair de suas casas, com o fito de não atrapalhar reuniões sociais como festas, palestras, teatro e passeios turísticos, o que ocasiona o isolamento dessas pessoas em seus redutos. Assim sendo, é primordial que os Ministérios da Saúde e da Educação criem programas de reabilitação social para pacientes psiquiátricos, mediante visitas a concertos musicais, museus e galerias de arte, com o intuito de dar-lhes oportunidade de se sentirem parte da sociedade. Além disso, o Legislativo deve aprovar medidas que dupliquem a eficiência do SUS, por meio da contratação de mais médicos e de criação de novos hospitais, a fim de propiciar o manejo das deficiências mentais a todos os habitantes, desde a sua descoberta até a sua cura.