Enviada em: 30/05/2017

Com o advento da urbanização e por conseguinte a vasta gama de avanços na medicina, doenças que a priori não demonstravam lugar nas áreas do conhecimento humano passaram a ser diagnosticadas. Como exemplo, pode-se mencionar as doenças mentais, mormente a depressão e os transtornos de ansiedade, que juntas atingem mais de 700 milhões de pessoas mundialmente, de acordo com dados expressos pela Organização Mundial de Saúde. Em contraponto, é indubitável o preconceito enraizado a essas doenças.     Diante desse cenário, a humanidade pode ser definida pelo conceito de sociedade líquida defendida pelo sociólogo Zygmunt Bauman. Segundo o mesmo, as regras que regem o comportamento dos indivíduos são as do mercado. Ou seja, o objetivo econômico capitalista, que apresenta como único interesse o sucesso e a superioridade financeira é colocado em primeiro plano e a posteriori, o prazer individual. Destarte, os indivíduos se tornam escravos do capitalismo e param de especular sobre a própria vida, o que contribuí com vertentes como o estresse e acaba ocasionando doenças mentais, tais como a depressão.    Ademais, é fundamental pontuar que os transtornos mentais são exorbitantemente discriminados e preconizados por uma grande parcela da população. A inclusão social, em suma, é intrinsecamente para o progresso na qualidade de vida do indivíduo que carrega a doença. Segundo a Constituição Federal brasileira, a saúde é direito de todos e dever do Estado, e o mesmo deve trabalhar na reinserção social do cidadão. Porém, é de conhecimento geral os entraves enfrentadas por aqueles diagnosticados com tais mazelas psíquicas. Pode-se mencionar como exemplo, a dificuldade no ambiente de trabalho, fruto da sociedade capitalista que impede que o doente mental conquiste seu espaço laboral.    Com o intuito de amenizar os fatos anteriormente elucidados, o Ministério da Educação e Cultura deve incentivar palestras nas escolas a fim de ensinar as crianças a respeitar portadores de doenças mentais e também a praticarem a inserção social, pois é de extrema importância para a otimização da qualidade de vida do portador da doença. O Ministério da Saúde necessita criar centros especializados em ajudar essas pessoas, principalmente a como se reinserir na sociedades e também a ajudá-los com médicos especializados e tratamentos eficientes. Outrossim, a mídia precisa veicular comerciais que demonstrem a importância do lazer, do cuidado com a saúde mental e também da importância da inserção social.  Por fim, os pais devem ser um exemplo a seus filhos, e ensinar a darem valor  as relações interpessoais e não somente ao sucesso financeiro.