Enviada em: 25/08/2017

Debater sobre as doenças mentais é imprescindível para o bem estar social porque é um tema cheio de controvérsias, tabus e preconceitos, devido a que seus estudos científicos se iniciaram em meados do século XIX e apenas mais recentemente têm ganhado a importância social que realmente merece.          Até pouco tempo atrás, no Brasil, os hospitais de cunho psiquiátrico eram conhecidos como manicômios: lugares ruins em que não se tratava ninguém, apenas afastava o doente da sociedade e deixava-o à mercê de experiências diversas, e isso, naturalmente, contribuiu para a visão pejorativa que muitas pessoas têm sobre o assunto, já que essa mesma visão permeou diversos meios de comunicação que por consequência introjetou todo o ranço de negatividade na cabeça das pessoas e foi tratado como problemas isolados e nunca como uma constante provável na vida de qualquer um.          Atualmente, a saúde mental é vista como parte integrante do ser humano e não como um problema ocasional e isolado. O avanço da ciência contribuiu muito para essa evolução, porque associou os conhecimentos bioquímicos sobre a dopamina e serotonina com os exames de imagem, como o Pet Scan, e assim observou-se que a mente está totalmente interligada com aspectos biológicos e que esses aspectos estão em constante interação com o meio ambiente: é uma rede sensível totalmente interligada com as outras funções orgânicas e sociais do ser, e sendo assim, torna qualquer pessoa vulnerável às doenças mentais.           Discutir sobre saúde mental mostra que todos somos essa rede, mostra que embora muitos sintomas não possam ser mensurados pelo senso comum eles existem, são reais, causam sofrimento e são passíveis de tratamento. E assim como qualquer outra doença mais palpável, merece a atenção e a investigação por parte de toda a sociedade: governo, médicos, familiares e centros de convivência social. Assim mais pessoas se tratam e um sofrimento maior é evitado.