Enviada em: 07/09/2017

Doenças mentais, ou distúrbios psíquicos são uma grande variedade de condições que afetam o humor. Há muitos tipos dessas psicopatologias que afetam o modo pelo qual o cérebro funciona. A banalização das relações humanas atua como catalisador do aparecimento de doenças mentais, tornando necessário o debate acerca desse tema.   A intensificação da ocorrência de distúrbios psíquicos ocorreu em função das modificações socioculturais emergidas pela globalização e com a ratificação do sistema econômico neoliberalista. Logo, podemos asseverar o que o sociólogo Zygmunt Bauman dizia sobre a liquidez da modernidade - As interações entre os indivíduos passaram a ser cada vez mais fluidas e menos concretas-. Como sequela, a ausência de profundidade no contato interpessoal cria um grande vazio íntimo, tornando mais frequente a ocorrência de doenças mentais.   É indispensável destacar que o atual padrão de vida pautado na busca incansável por uma melhor colocação no mercado de trabalho, em concursos, ou até na própria promoção pessoal propicia à população um ideal pouco provável de ser alcançado, provocando frustrações. Por consequência, transtornos de ansiedade, pânico e depressão se fazem cada vez mais presentes, como mostra os dados estatísticos que 20% da população mundial sofre com essas doenças, e, segundo a Organização Mundial da Saúde (ONU), entre 75% a 85% dessas pessoas que sofrem desses males não tem acesso ao tratamento adequado.    Fica evidente portanto que, o fortalecimento das patologias mentais na atualidade é fruto das mudanças socioculturais no estilo de vida dos indivíduos. A fim de que essa situação seja erradicada ou mitigada, o Executivo Federal, por meio do Ministério da Saúde, deve criar núcleos de atenção psicológica primária, fornecendo profissionais qualificados e estimulando um tratamento baseado na comunicação entre pacientes diagnosticado com quadro semelhantes. Faz-se necessário também que os grandes postos de trabalho disponibilizem aos seus empregados espaços de eliminação do estresse cotidiano, o que poderia ser realizado com o estabelecimento de salas de descanso, locais especializados de descontração e com o uso de palestras de conscientização psicossocial, atenuando a formação de novos problemas nos funcionários. Ademais, seria de grande importância o divulgamento das propostas já criadas pelo governo, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), e a Lei Paulo Delgado.