Enviada em: 12/03/2019

Ocorrido em 1983-1984, as "Diretas já" foram movimentos de reivindicação pela participação política por meio do voto, este movimento tornou-se um marco na nossa democracia. Contudo, a forma como nossos jovens tratam o voto deixa a dúvida se eles não se importam com a política ou se estão a recriando.       A priori, dados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), mostram que a quantidade de adolescentes entre 16 e 18 anos que não votam por não serem obrigados só aumentou. Porém, isto é uma questão cultural, em que as famílias preferem ignorar o assunto "política" por acharem que os jovens são muito imaturos e acabam não cumprindo seu papel de instituição conscientizadora. Ademais, as escolas, por valorizarem mais o conteúdo que a formação de opinião dos imberbes contribuem, também, para a diminuição da participação política dos jovens.       A posteriori, a participação política não se limita ao voto, mas fazê-lo valer dentro do Estado. Vemos hoje, nos jovens com maior consciência política um engajamento e uma preocupação com o país maior, muitas vezes, que os adultos, em que esses se organizam em protestos pelo bem comum. A título de exemplo, as manifestações de 2013 que, mesmo em contexto diferente dos jovens das "Diretas já", traça uma nova forma de fazer e atuar na política.       Por esse prisma, apesar da participação de alguns, ainda há muito a ser feito para aumentar o engajamento político dos jovens. O MEC, em parceria com as escolas, deve promover projetos de debates durante as aulas de Filosofia e Sociologia - matérias que ajudam a desenvolver uma maior consciência política -  em que as opiniões de jovens, de todo ensino médio, serão ouvidas e debatidas os ajudando a criar maior criticidade em certos assuntos e vontade de mudar o país em que vivem. O MEC deve, também, promover palestras para mostrar às famílias a importância de debater política com os jovens. Assim, a participação política dos jovens aumentará.