Enviada em: 09/04/2019

"Ligam a TV quando querem desligar o cérebro; quando querem usa-lo, ligam o computador" A frase de Steve Jobs retrata o quadro em que encontra-se o jovem brasileiro, agente social com maior acesso a tecnologia. Esse cenário torna-se ainda mais agravante quando permeia o cenário político, no qual, parte da classe citada mostra-se indiferente quanto a realidade do país; enquanto os demais acreditam que a militância cibernética, por si só, surtirá efeito nas chagas em que encontra-se a República. Tais fatos são produto de dois reagentes - a falta de instrução política nas escolas e a promoção da internet como substituto da realidade social.       Primeiramente, percebe-se, no Brasil, a ineficácia do presente método de ensino, que não fomenta, no jovem, uma postura reflexiva e proativa. Esse fato corrobora com o desenvolvimento de jovens alienados e inativos, que, por não captarem a importância do Estado na sociedade, compactuam com a proliferação de péssimas práticas governamentais. De acordo com isso, Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, ressalta a importância da educação como transformadora social. Assim, é preciso que haja, no sistema de ensino, um direcionamento para a intuição política, a fim de revolucionar o quadro social.       Num segundo momento, apesar de facilitar à reunião de militantes, verifica-se que a utilização da internet não mostra uma real efetividade nas causas políticas. Como exemplo, tem-se as manifestações realizadas contra o então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro. No mundo cibernético, o grupo conseguiu reunir uma grande quantidade de manifestantes, mas foram altamente desprezados. Entretanto, quando o movimento tomou as ruas, o volume de pessoas transbordou à expectativa dos opositores, que reagiram da mesma forma, nas ruas. Assim, faz-se necessário rever as formas de utilização da internet, a fim de otimizar a luta pela democracia.       Logo, faz-se necessária uma interferência externa com o intuito de esclarecer à classe jovem quanto a importância de posicionar-se perante os cenários políticos existentes; além de instruí-los quanto à melhor maneira de utilizar a "web". Para tanto, as escolas devem criar cenários que simulem a estrutura política do país. Tal ato pode ser feito por meio de eleições de "líderes de turma", que devem ter seus deveres e obrigações, tanto com os demais alunos como com a escola. Esse ato resultará na criação de uma consciência pública, que permanecerá ao exercerem seus papéis de cidadãos. Além disso, a mídia cibernética deverá promover campanhas de incentivo ao protesto nas ruas, por meio de posts e links direcionados, com a finalidade de induzir os internautas à protestarem nas ruas e utilizarem as redes apenas como promoção desses movimentos.