Enviada em: 11/05/2019

A participação política, um direito de todos há algum tempo, é a base de uma sociedade e um regime democrático. Por anos, os jovens foram excluídos desse cenário, como durante a Primeira República em que apenas maiores de vinte e um anos, homens e letrados podiam votar. Seus futuros era, por isso, decididos por outrem. Contemporaneamente, o ativismo nessa questão tem o poder de mudar políticas governamentais egoístas e de interesse próprio, e os jovens são as principais figuras dessa nova geração de movimentos e revoluções.       Uma das causas dessa ativa participação dos mais novos é o fato da sociedade estar cada vez mais consciente de seus direitos e das injustiças que há tanto vêm sendo praticadas contra as massas. O povo mais imerso nos debates cria filhos engajados politicamente, e moldará a geração seguinte para uma outra realmente preocupada com seu futuro e de seu país. Como consequência, há constantes levantes sociais e a perceptível influência dos votos desses menores: de acordo com o Estadão, apenas dois terços do total de votos é proveniente dos adultos. Logo, a visão social e democrática dos pais pode moldar e delinear o comportamento do jovem e decidir as gerações seguintes.       Paralelamente, não há um aumento progressivo dessa participação, pois o governo não promove incentivos para a maior atuação deles, como rodas de debate. Medidas estatais egoístas e elitistas, tal como as assistências terno e moradia aos parlamentares, se mostram corriqueiramente no cotidiano de todos, acarretando na falta de esperança do jovem brasileiro e a consequente exclusão motivada pelo desânimo da realidade vivida. Subprodutos da ineficiência do Estado, os jovens, então, com todo o seu poder e influência de mudança, ausentam-se de debates e da vida política e acabam desperdiçando a real chance de alterações significativas no sistema.       Dessarte, medidas que visam incentivar a participação política dos jovens são necessárias e emergentes.  Para tal, o Estado deve promover sessões de roda de debate e palestras sobre o cenário político atual nas escolas de todo o país, por meio de professores voluntários e especialistas, como cientistas políticos e sociais.Essa proposta pretende fomentar a discussão no meio estudantil e formar, consequentemente, jovens questionadores e que queiram lutar por seus direitos e melhorar a realidade em que estão inseridos. A esperança de um Brasil melhor está nas crianças de hoje e nos adultos  politicamente comprometidos de amanhã.