Enviada em: 10/06/2019

O movimento político "Diretas Já", de cunho popular, teve como objetivo a retomada das eleições diretas ao cargo de Presidente da República, no Brasil, em 1986. Hodiernamente, apesar de existir uma parte dos jovens no engajamento político do país, observa-se fatores que limitam o aumento dessa parcela ativa no fato supracitado, seja pela negligência educacional, seja pelo individualismo social.    Em primeiro lugar, é válido ressaltar que as escolas não oferecem um incentivo eficaz aos alunos sobre tal participatividade. De acordo com o sociólogo Durkhein, a educação tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança estados físicos e morais requeridos pela sociedade política. Nessa lógica, os núcleos de ensino rompem com tal pensamento, visto que o estudo político-social nem sempre é desenvolvido com o alunos. Dessa forma, as instituições escolares que deveriam ajudar o indivíduo a ter conhecimento dessa conjuntura, acaba tornando-o alienado.    Em segundo lugar, é fulcral pontuar que os jovens contemporâneos estão se tornando cada vez mais egocêntricos, o que faz jus à obra "Modernidade Líquida" - a qual afirma que as relações entre as pessoas estão se tornando cada vez mais voláteis - de Zygmunt Bauman. Sob esse viés, nota-se que não é tida, por parte do corpo social, uma devida importância acerca do comprometimento de cunho político voltados a mudanças de um país melhor. Desse modo, torna-se fictícia a realidade do compromisso juvenil no eixo democrático brasileiro.    Logo, para solucionar o impasse, cabe às escolas, fazer abordagens de questões cívicas nas salas de aula, fora do senso comum, por meio de debates entre os alunos, bem como amostras de formas de participações políticas - movimentos sociais e criações de fóruns que discutam políticas públicas - a fim de desconstruir o individualismo presente e, ademais, criar um pensamento mais crítico nessa parcela, de modo a torná-los mais presentes no âmbito democrata.