Enviada em: 16/07/2019

O movimento hippie, na metade do século XX, foi marcado por uma colocação juvenil crítica e contracultural. Entretanto, o desestimulador sistema de ensino nacional e a falta de caminhos e incentivos à política, dificultam atitudes como as da década de 1970. Portanto, medidas devem ser exercidas para promover a inserção do grupo juvenil no cenário político contemporâneo do Brasil.       Mormente, é indubitável que o sistema educacional brasileiro não estimula o engajamento político dos jovens. Nesse viés, a falta de interessa dessa faixa etária em conhecer o funcionamento político e econômico do país consolida jovens individualistas e apáticos com a realidade do Brasil. Nesse contexto, se observa um estado de demagogia, teoria defendida pelo filósofo Montesquieu, pois não há um exercício pleno da democracia, a qual é fragilizada pela falta de ações que insiram os jovens em movimentos políticos e sociais. Por conseguinte, é formada uma sociedade acomodada e que não exerce o direito à voz ativa conquistado pelos movimentos afirmativos da geração anterior.       Ademais, há uma prevalência do pensamento que as ações políticas se limitam aos dias de escolher representantes, culminando em uma população inerte durante o ano. Nessa perspectiva, a falta de informações e guias, advindas dos governantes, sobre como a população pode participar dos assuntos dificulta o posicionamento ativo dos jovens. Desse modo, os jovens não são atraídos pela política, ficando ignorantes sobre o assunto e chegando na vida adulta com pensamentos baseados no senso comum e sem ideais críticos.       Destarte, como intervenção na problemática, é imperioso que o Ministério da Educação, juntamente como o Ministério da Cultura, estimule a fundação de grêmios estudantis, em escolas públicas e privadas, para os jovens discutirem sobre política e econômia, além de promoverem ações para melhorar a vivência na escola e, assim, sentirem que podem ser preponderantes politicamente. Outrossim, é imperioso que os governantes municipais abram diretórios estudantis nas cidades, para que o jovem seja atraído a participar das decisões destinadas ao bem coletivo. Logo, a volta de uma juventude crítica e o exercício da cidadania deixará de ser uma utopia no Brasil.