Enviada em: 12/08/2019

De acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado garantir a manutenção dos direitos sociais e civis da população. Atualmente, no entanto, faz-se necessário debater sobre a participação dos jovens na política brasileira, visto o mau gerenciamento de recursos públicos e a precariedade de serviços fundamentais, fomentados pela corrupção.        Nessa perspectiva, em 1651, o filósofo Thomas Hobbes publicou em seu livro "Leviatã" que a função do Estado é garantir a paz e a organização social. Porém, devido aos escândalos de corrupção, ano após ano, e ao desvio de verbas públicas, a população, sobretudo os jovens, perdeu o interesse quanto às questões politizadas e econômicas, corroborando a desilusão geral da sociedade. Ademais, segundo pesquisas realizadas pelo Tribunal Eleitoral, cerca de um terço do eleitorado é composto por jovens, em média 45 milhões de pessoas, ratificando a importância desse contingente nos resultados das eleições.       Nesse ínterim, Jurgen Habermas afirma que o agir comunicativo entre Estado e sociedade é fundamental para a sustentação da democracia. Desse modo, as redes sociais representam uma verdadeira revolução quanto às formas de mobilização e auxiliam na troca de argumentos entre o Governo e a população. Outrossim, o mundo virtual possibilitou o agrupamento de jovens com ideais, vertentes políticas e sociais comuns, sobretudo, em páginas destinadas a grupos específicos.        Percebe-se, portanto, que é dever do Ministério da Educação promover o interesse social a questões politizadas, desde a infância. Para isso, deve-se inserir na matriz curricular das escolas matérias como "cidadania e política", a fim de formar cidadãos aptos a lutarem, democraticamente, pelos seus direitos constitucionalmente consagrados. Em parceria, cabe à família, através do diálogo e de instruções, garantir a formação de indivíduos conscientes de seus direitos e deveres, pois, consoante John Locke, "a influência do exemplo é penetrantíssima na alma"