É possível, por intermédio da linguagem simples e coloquial do poema "Tinha uma pedra no meio do caminho", de Carlos Drummond de Andrade, fazer uma analogia a respeito da pouca participação política do jovem no Brasil contemporâneo. Sob tal paridade, entre o escrito poético e a realidade vigente constata-se, que a problemática atua e repercute no cotidiano dos brasileiros como um verdadeiro obstáculo social a ser superado. Contudo, percalços como os ocorrentes casos de corrupção e a falta de projetos escolares que incitem o engajamento cívico nos jovens dificultam o sobrepujar dessa adversidade. Em primeira análise, pontua-se a corrupção Governamental como um precursor do agravamento da situação. Segundo Aristóteles, o Governo deve, acima de tudo, garantir o bem-estar da sociedade. Porém, as autoridades públicas, por meio dos constantes escândalos de corrupção divulgados pela mídia, demonstram serem contrárias à moral aristotélica. Além disso, esse cenário permite a formação de uma sociedade afastada e indiferente aos assuntos políticos e ainda cultiva uma mentalidade pessimista nos jovens sobre a política. Dessa forma, medidas são necessárias para reverter esse quadro. Ademais, o pouco incentivo escolar em desenvolver o engajamento cívico nos jovens contribui para a acentuação da problemática. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, consoante à pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema de educação pública eficiente. Entretanto, a realidade é justamente o oposto, visto que muitas instituições de ensino regulares não incluem na matriz escolar atividades relacionadas à política o que, por sua vez impede a plena formação acadêmica dos estudantes. Logo, para superação desse cenário preocupante, urge que o Super Ministério da Justiça, por meio dos recursos enviados pelo Estado, promova a criação de mais operações investigativas para combater governantes corruptos associados ao crime organizado, com objetivo de por um fim a esse enorme ciclo de corrupção que assola o país. Ainda assim, o Ministério da Educação, recorrendo à implementação de atividades extra escolares, tais como grêmios estudantis e debates sobre temas sociais, na rede de ensino público, deve incentivar à busca pelo conhecimento político, com o objetivo de formar cidadãos com senso crítico e engajamento cívico bem desenvolvidos.