Enviada em: 13/08/2019

Na Grécia Antiga, indivíduos atenienses participavam da política diretamente, isto é, debatiam sobre os assuntos pertinentes da cidade na Ágora e com isso exerciam ativamente o papel de cidadão. Atualmente, essa sede ateniense de se envolver nos assuntos do governo não está presente em todos os jovens do Brasil, pois a grande maioria tem se desinteressado, uma vez que o ambiente público contaminado por escândalos, bem como a  ausência de representação política são causas dessa problemática. Dessa forma, faz-se necessário promover discussões sobre a problemática objetivando soluções aplicáveis.       Primeiramente, grande parte dos jovens brasileiros não tem desejo de votar ou entrar no meio político pela grande quantidade de casos de corrupção que permeiam esse lugar, de forma que há uma dificuldade desses indivíduos contribuírem com suas ideias para a sociedade. De acordo com o doutor em ciências sociais Rudá Ricci, esse desinteresse dos jovens pode estar atrelado aos recentes acontecimentos envolvendo o poder público. Nesse sentido, existe uma lacuna entre os mais jovens e a verdadeira política que precisa ser preenchida e discutida.       Além disso, há uma inexistência de representação política dos mais jovens em alguns partidos brasileiros, de maneira que a luta pelo bem comum não é desejada pelos grupos poderosos que detêm o poder público.Segundo o filósofo iluminista Jean Jacques Rousseau, em sua teoria da vontade geral, o homem político, em todas as suas ações, deve prezar pelo interesse da coletividade. Nessa perspectiva, torna-se evidente que a política brasileira não está em consonância com o bem de todos.       Destarte, jovens não se interessam de maneira efetiva na política. Logo, o Ministério Da Educação deve promover palestras educativas em escolas por meio de sociólogos e filósofos para debaterem e incentivarem sobre os benefícios da participação política na vida dos jovens. Ademais, a população, através de manifestações pacíficas, precisa cobrar mais sobre a impunidade, endurecimento de penas de corrupção, bem como uma revisão do código penal. Pois, só assim o ser humano será um animal político de fato como pregava Aristóteles.