Enviada em: 16/08/2019

Em 1992, os "caras pintadas", grupo de milhares de jovens engajados, realizaram uma grande manifestação em prol do impeachment do então presidente do Brasil, Fernando Collor. Mediante a isso, nota-se que a participação da juventude no cenário político é de suma importância. Conquanto,  ao analisar a situação hodierna, nota-se que eles não mais geram tanto impacto no meio social. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro.    Em primeira análise, vive-se no Brasil uma democracia, logo, o engajamento do povo no âmbito governamental é imprescindível. No entanto, a participação da população, especialmente dos jovens, no cenário político tem-se mostrado cada vez mais irrisória. De acordo com a teoria do "agir comunicativo" de Habermas, sociólogo alemão, é fundamental que, na sociedade, haja debates e acordos entre o povo e os governantes a fim de alcançar uma sociedade integrada. Diante do exposto, é perceptível que, a falta de atuação da juventude na esfera política afeta os indivíduos como um todo.    Faz-se mister, ainda, salientar que, as redes sociais, embora com muitos benefícios, mostram-se prejudiciais na participação dos jovens no cenário político, pois esses têm a falsa impressão de que suas ideias estão surtindo impacto nos governantes. Segundo Zygmunt Bauman, na sociedade do século XXI, a internet é um espaço meramente ilusório, ou seja, manifestações online geram um efeito irrelevante para o Estado.    Urge, portanto, a necessidade da atuação dos jovens na política. Com o fito de promover uma maior participação da juventude no contexto governamental, cabe às escolas promoverem, por meio de palestras, seminários e difusão de livros, o pensamento crítico e o desejo por uma sociedade melhor por parte dos discentes, a fim de que lutem pelas causas sociais e debatam com os governantes acerca daquilo que é melhor para o povo, além de mostrá-los que, manifestação se faz na rua. Sendo feito isso, alcançar-se-á uma juventude ativa e influente.