Enviada em: 18/08/2019

Jovens: o futuro político de um país       Em 1992, com o objetivo da retirada de Fernando Collor de Melo da presidência do Brasil, ocorreu o movimento jovem estudantil conhecido como "Caras pintadas". Nos dias atuais, a participação dos jovens na política brasileira se encontra deficiente, o que torna imprescindível uma análise dessa, haja vista o tabu criado em relação ao estudo de política nas escolas, bem como o afastamento entre seres políticos e os interesses juvenis da sociedade.        Em primeira instância, a ausência da politica como disciplina escolar diminui, consideravelmente, o conhecimento e o interesse dos estudantes acerca do tema. De acordo com o escritor Paulo Freire, a educação não muda o mundo; a educação muda as pessoas e essas mudam o mundo. Assim, ao levar em consideração o fato de que os jovens são o futuro de um país, chega-se à conclusão e ao entendimento da necessidade do estudo da política desde a vida escolar; sem esse, o jovem, muitas vezes, enxerga a política apenas como "mais um voto", ao invés de entender o verdadeiro significado e abrangência do termo.       Ademais, o distanciamento presente entre a parcela jovem da sociedade brasileira e os políticos e seus projetos gera uma insatisfação daquela com a política do Brasil, a qual acarreta uma desilusão em torno da participação. Como foi explicitado no filme alemão "A Onda", um conjunto de jovens desacreditados no poder político de seu país tem um grande poder de persuasão e movimentação contra o regime vigente. Dessa forma, uma relação harmoniosa, na qual o poder político se integra e se importa com os interesses jovens da sociedade, e não apenas com o número de votos em épocas de eleição, é significativamente vantajosa para ambas as partes.        É necessária, portanto, uma análise em torno da participação política dos jovens no Brasil. Para atenuar tal problemática, o Ministério da Educação, juntamente às Secretarias Municipais de Educação devem aumentar a integração entre jovens e política, por meio da inserção dessa como disciplina escolar, além de promover debates e conversas entre alunos e poder público municipal, para que os jovens sintam-se integrados politicamente e possam reivindicar seus direitos em comum acordo com os políticos do Brasil.