Enviada em: 20/08/2019

No século XXI, pode-se observar muitas mudanças políticas no mundo, que vão desde a deposição de ditadores a modificações legislativas em prol de liberdade, sustentabilidade e igualdade, sendo um fator comum entre todas a atuação de jovens dispostos a romperem com os padrões históricos de seus respectivos países, nos quais cita-se a Primavera Árabe e os Coletes Amarelos como exemplo. Dessa forma, no Brasil não poderia ser diferente, haja vista que se tem visto desde os anos 2000 uma crescente participação política desse público, seja por meio de cargos eleitorais ou de manifestações. Diante disso, deve-se analisar essa situação sob um viés filosófico e sociológico.         Mormente, ressalta-se a afirmação do filósofo John Locke, de que a criação do Estado é necessária para garantir a segurança do povo e de seus interesses, sendo preciso que o povo se manifeste em casos de tirania e de negligência por parte de seus representantes. Tal cenário reflete bem a incapacidade que o governo brasileiro tem tido, nas últimas décadas, se servir a população como deve e, por consequência, os jovens cidadãos tem seguido os passos de Locke e ido às ruas lutar por seus direitos, pressionando políticos a agirem conforme lhes foi designado em urna. Logo, as manifestações populares são o meio mais eficaz de se fazer ouvido, além de serem uma clara demonstração do conceito de democracia e, por isso, precisam ser praticadas com mais frequência.       Outrossim, é relevante destacar que, segundo o Datafolha, os jovens são o grupo com maior interesse em participar da política e que, conforme a idade sobe, tal interesse diminui. Diante desse dado, fica claro que essa parcela da população, por ser mais atualizada, informada e integrada, torna-se revolucionária e, por conseguinte, dispõe mais energia para mudarem o país, além de se mostrarem inconformados com a chamada “política velha”. Portanto, está nítido que, na contemporaneidade, o melhor caminho político a se seguir, é eleger candidatos novos e dispostos a romperem com os padrões ineficientes de um sistema fracassado perpetuado há mais de 500 anos.       Destarte, é notório que a frase “o jovem é o futuro da nação” é válida nesse contexto, haja vista sua disposição e seu caráter disruptivo, sendo preciso que a população dê mais ouvidos a esses indivíduos. A princípio, os novos adultos devem se candidatar mais a cargos públicos, com campanhas em redes sociais, já que são o meio mais usado por pessoas de sua idade, para assim alcançar a representatividade devida no Congresso e atuar de forma mais inovadora. Ademais, é necessário que eles se mobilizem, por meio de redes sociais e grupos escolares/universitários, para fazerem mais manifestações nas ruas, de modo a pressionar os governantes a trabalharem devidamente e, por consequência, conseguir a atenção do restante dos cidadãos acerca de suas exigências e ideais.