Enviada em: 22/08/2019

Em 2002 foi criado, no Brasil, o dia nacional da Juventude Brasileira, comemorado no dia 12 de agosto, com o intuito de homenagear tal parcela social pelas grandes lutas e o protagonismo nas mudanças políticas decorrentes ao longo da história. Entretanto, o exercício da política ainda é um entrave para os jovens no Brasil que, muitas vezes, lidam com impasses, como a escassez de uma educação que os incentivem, além da falta de representatividade e, posteriormente, um afastamento com o fazer político. Sendo assim, faz-se necessário a união da de tal parcela da sociedade, pois os jovens são os agentes da mudança nacional.  A priori, a juventude brasileira foi propulsora de muitos movimentos que mudaram a conjuntura nacional. Sob tal perspectiva, com a criação da UNE (união nacional de estudantes), no séc. XX, por exemplo, a participação do jovem no cenário político se tornou mais concisa e coletiva, devido a maior organização popular proporcionada por tais instituições na participação de protestos, como na oposição ao regime militar e no movimento Caras Pintadas, contra o governo Collor. Todavia, nas últimas décadas alguns desses movimentos sociais foram entrando em declínio, pois devido ao descontentamento com a política brasileira, muitos jovens perdem o interesse pela luta política que, atrelado a falta de incentivos educacionais, cruciais para a formação de uma consciência do exercício da cidadania, atenuam ainda mais a participação política dos jovens no Brasil. Nesse contexto, urge a necessidade de debater sobre política não somente no âmbito social, mas educacional também. Indubitavelmente, existe um estigma social no que tange a capacidade de exercer cargos políticos. Sob tal ótica,o modelo político brasileiro é majoritariamente patriarcal, pois a maioria dos indivíduos que ocupam tais cargos públicos e são responsáveis por grande parte das decisões do país,  são homens mais velhos e seus filhos que, muitas vezes, dão continuidade a carreira política familiar. Nesse contexto, grande parte da juventude brasileira não se sente representada por aqueles que exercem tais funções políticas e pelos partidos,que parecem defender, muitas vezes, seus próprios interesses, contrários a soberania popular. Por conseguinte, a juventude sente-se distante da política nacional.   A partir do que foi supracitado, os jovens são o futuro do país e a sua a participação política precisa ser incentivada. Sendo assim, o Ministério da Educação, deveria integrar a BNCC(Base Nacional Curricular Comum) matérias como a ciência política, atrelado a realização de concursos públicos, para contratarem professores qualificados a lesionarem tal disciplina nas escolas brasileiras. Desse modo, tal assunto se tornaria comum no cotidiano dos jovens, o que proporcionaria, gradativamente, um interesse pela participação na política nacional, além do maior conhecimento dos seus deveres.