Enviada em: 30/07/2019

No livro Raízes do Brasil, o autor Sérgio Buarque de Holanda escreveu em uma das partes sobre o "homem cordial", no qual ele mostra que o cordial não é sinônimo de bons modos. Paralelo a isso ainda há persistência do jeitinho na sociedade brasileira. Essa problemática está ligada não só com a facilidade de conseguir benefícios, mas também com as consequências trazidas.     Em primeiro lugar, o jeitinho brasileiro está diretamente relacionado à corrupção e tem a facilidade de trazer benefícios a quem se aproveita dele. Seja em simples atitudes como uma fila de banco, colar na escola ou até em casos mais graves como o desvio de dinheiro público. De acordo com o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, para mudar o mundo, a melhor arma é a educação, então é desde a infância que se inicia o processo de mostrar o que é e o que não é corrupção, é através de uma educação de qualidade que se começa.     Além disso, esses benefícios também trazem consequências para o que não são corruptos. Em muitas situações causam danos irreversíveis a um grupo maior de pessoas. Prova disso é a Operação Lava-Jato, que investiga lavagem de dinheiro público feita por políticos e empresas privadas, o que movimenta bilhões de reais em propina.     Portanto, indiscutivelmente, as autoridades competentes precisam agir para reverter essa situação. O MEC - Ministério da Educação e Cultura, deve, através da contribuição do Governo Federal, criar e executar projetos nas escolas, voltados para todas as idades, em especial a educação infantil. A elaboração de uma cartilha contendo princípios básicos sobre ética e cidadania é uma solução viável a ser introduzida no ambiente escolar. Projetos como esses podem ser utilizados no cotidiano para que todos aprendam que é por meio de uma educação de qualidade que se inicia o processo de honestidade. Ação que, iniciada no presente, é capaz e mudar o futuro de toda a sociedade.