No período colonial brasileiro, Portugal criava as regras, que não podiam ser contestadas, à distância. Criou-se um sentimento, devido à falta de fiscalização, que lei se acata e não se cumpre. Dessa forma, o ''jeitinho brasileiro'' ou ''gambiarra'' foi se tornando uma característica única do Brasil, seja ela no âmbito privado ( copiar respostas de uma prova) ou no âmbito público (corrupção). O antropólogo, Sérgio Buarque de Holanda, no livro ''Raízes do Brasil'', caracterizou o brasileiro como um ''Homem cordial''. A cordialidade, de Buarque, diz que a emoção do povo é maior que a razão, que ele não consegue distinguir o público do privado e que detesta formalidades. A falta de distinção do público e do privado, acarreta em corrupção, depredação do espaço público, nepotismo, licitações ganhas em nome de empresas ''laranjas'', etc. . Assim sendo, a cordialidade brasileira é o início da ''gambiarra'' da qual o Brasil ficou conhecido mundialmente. A fama do brasileiro ''ligeiro'', se ampliou quando foi criado o personagem ''Zé Carioca''. Um papagaio que sempre dava um jeito de resolver as coisas fora da lei e de levar alguma vantagem, sem que essa lhe traga alguma culpa. O personagem, é um retrato do povo brasileiro, que devido ao tipo de colonização que foi imposta, se tornou uma população com mentalidade mesquinha que quer se dar bem em qualquer situação, sendo ela na política ou na vida de civil. Por outro lado, a ''gambiarra'' sempre resulta em algum problema, como: incêndios ( por causa de gatos na rede elétrica), prisão (mensalão), dentre outros problemas. Destarte, o brasileiro possui o ''jeitinho'' encrustado na criação desde criança, sendo assim, os pais devem ensinar os filhos a ter ética. A moral ética serve para cumprir as leis - das mais comuns as mais complexas -, para que, dessa forma, as crianças aprendam a votar corretamente, a fim de não eleger políticos corruptos, a devolver o que não é seu, a cuidar do patrimônio público, e a não praticar pequenos atos de corrupção. Portanto, poderão ser cidadãos ativos na sociedade, que pagam impostos, e, poderão cobrar políticas éticas dos governantes.