Enviada em: 19/06/2018

Uma problemática que insiste em se fazer presente na realidade da sociedade hodierna brasileira é a questão do racismo. Nesse contexto, o cenário torna-se desafiador, pois há uma discriminação social baseada no conceito de que existem diferentes raças humanas e que uma é superior às outras. Dessa forma, isso ocorre ora pelas raízes históricas, ora pela falta de visibilidade midiática do negro e seus hábitos culturais.       Mormente, percebe-se na atualidade reflexos do período escravista brasileiro, o qual foi marcado pela submissão do negro perante o  homem branco que se julgava ser superior. Nessa perspectiva, mesmo após de muitos direitos terem sido conquistados pelos afrodescendentes, estes são cruelmente discriminados até em jogos de futebol, como o caso do jogador Daniel Alves, por exemplo. Porém, não se restringe apenas no esporte, há discriminação racial em todos os setores do país, basta visitar uma universidade e analisar quantos alunos e professores negros são participantes daquele ambiente. Logo, uma grande parcela de culpa pode ser atribuída as raízes racistas desde o período colonial.       Ademais, outro pilar da cultura de discriminação racial é a pouca visibilidade da população negra e ,além disso, mais expressivamente reprimida, a sua cultura religiosa. Haja vista, muitas vezes as mídias televisivas ou digitais transmitem apenas notícias que causam aversão a comunidade em geral como rituais, por exemplo, entretanto não tornam visível as campanhas de arrecadação de agasalho que os terreiros promovem, nem qualquer outra manifestação benéfica à sociedade.       Infere-se, portanto, que como proferido por Augusto Cury, a discriminação demora horas para ser construída, mas séculos para ser destruída. Por conseguinte, é papel do Estado tentar persuadir a população a abandonar as raízes preconceituosas perante os negros, por meio de campanhas midiáticas, por exemplo. Além disso,  espera-se da mídia mais empenho em representar as coisas boas que o negro faz na sociedade, para assim talvez acabar com a persistência do racismo no Brasil.