Enviada em: 07/07/2018

''O racismo é a causa da morte intelectual de qualquer nação'', afirmou o sociólogo Paulo Moura. Logo, a sociedade brasileira está morta intelectualmente desde o século XV quando iniciou-se o período escravocrata no país. Contudo, fatores como a mídia e sociedade contribuem de modo maquiavélico para a persistência do preconceito de raças no Brasil.    Primeiramente, é notório a predominância do racismo na mídia. Uma vez que protagonistas de novelas, desenhos ou séries possuem de modo geral o tom de pele clara, enquanto os vilões que praticam atrocidades contra os atores principais, possuem o tom de pele escura. Afinal, o surgimento do primeiro herói negro aconteceu apenas em 1962 nas histórias em quadrinhos, o famoso Pantera Negra. Entretanto, não foram apenas os heróis negros que tiveram a conquista de seu espaço na mídia tardiamente, as princesas da Disney negras foram surgir apenas com Diana, em Princesa e o Sapo, no ano de 2009.    Ademais, a sociedade também contribui fortemente para a permanência do racismo no solo brasileiro. Posto que, foram praticadas diversas tentativas de impedir o cantor Michael Jackson de aparecer na televisão ou de realizar shows porque era negro, além disso quando o indivíduo está na educação infantil é comum ele pedir emprestado o lápis ''cor de pele'',que recebeu esse nome devido aos antecedentes que decidiram que o tom de pele principal era a clara.     Portanto, para que a sociedade renasça intelectualmente, é necessário certas medidas. A mídia em parceria com as principais emissoras de televisão, deve procurar inserir em seu meio pessoas de diversas raças, seja como protagonistas seja como vilãs, executando testes em cidades alteradas para poderem buscar talento em cada canto do Brasil, evidenciando o grande valor de nossa miscigenação. Por fim, o Ministério da Justiça(MJ) deve criar uma plataforma virtual de denuncias anônimas contra qualquer crime racial, com uma interface prática e acessível a qualquer faixa etária, para que as vítimas possam denunciar seus agressores sem fobia de serem reconhecidas publicamente. Assim, estaremos no caminho de um país orgulhoso de sua diversidade e não racista.