Enviada em: 05/09/2018

Consoante dados estatísticos do Mapa da Violência, o índice de assassinato de negros é quase três vezes maior do que o de brancos. Dessa forma, mesmo com a conquista de seus direitos, os afrodescendentes continuam sendo vítimas de racismo na sociedade contemporânea. Tal cenário, é consequência de um passado opressor em relação aos negros e de uma atual sociedade desmoralizada.   Primeiramente, o preconceito racial no século XXI é decorrência direta do histórico escravocrata da sociedade. Nesse sentido, no Brasil, a escravidão perpetuou-se por cerca de trezentos anos. Além disso, a escravatura foi abolida em 1888, ou seja, o tempo pós-escravatura é muito menor do que o tempo de escravidão. Logo, o passado racista criou paradigmas que não foram superados, uma vez que a abolição é algo recente perante ao período de exploração negra.   Outrossim, a sociedade contemporânea é imoral, fato que contribui com a persistência do racismo. Em vista disso, segundo Zygmunt Bauman, autor do livro “Modernidade Líquida”, as pessoas são individualistas, uma vez que elas são mutáveis em suas relações a fim de se favorecerem. Sendo assim, os brancos tendem a tomar uma postura imoral e preconceituosa com intuito de preservar sua dominância cultural e econômica.  Evidencia-se, portanto, que o passado histórico e a imoralidade acarreta o preconceito racial contemporâneo. Para solucionar tal impasse, é necessário que o Governo Federal, juntamente com o Ministério da Educação, aumente a carga horária das disciplinas de Filosofia e Sociologia no ensino médio. Para isso, é necessário uma mudança na grade curricular, já que essas disciplinas possuem a menor carga horária, além de abordarem assuntos como ética, moral, cultura e viver em sociedade. Dessa maneira, é possível fazer a sociedade refletir e combater o racismo no século XXI.