Enviada em: 30/10/2018

Racismo: apaga de teu manto esse borrão      O período colonial no Brasil é marcado pelo derramamento de sangue dos negros, traficados e submetidos a castigos físicos e morais. Em 1888, esse cenário se fragmentou com a Lei Áurea. Contudo, a prática de castigos morais aos afrodescendentes ainda se faz presente, tao presente que ganhou nome próprio: racismo. Nesse contexto, destaca-se que sua persistência tem como causa primordial o preconceito.    Em primeira análise, pontua-se que o racismo tem raízes firmes no passado, o que impede o nascimento da empatia social. No livro Política, Aristóteles diz que " o escravo é inteiramente desprovido da capacidade de deliberar". Denominá-los como seres inferiores se faz presente até hoje, mesmo com a inteligência e a cor da pele em locus gênicos diferentes. Por isso, a única razão plausível que explica a falta de alteridade é a intolerância racial.       Ademais, o racismo também se perpetua de maneira velada. Por isso, é difícil encontrar políticos, médicos e professores negros. Não por serem desprovidos de capacidade intelectual, e sim, pela inércia da herança cultural. Diante disso, as universidade públicas criaram um sistema de cotas, para minimizar os efeitos maléficos da persistência do racismo. No livro "casa grande e senzala", de Gilberto Freyre, é ressaltada a importância da democracia racial.     São imprescindíveis, portanto, medidas para atenuar a persistência do racismo na sociedade brasileira. A mídia deve destacar a importância da cultura afro e combater o racismo, por meio de programas didáticos voltados para crianças e , assim, as futuras gerações não tolerarão ações segregacionistas. Outrossim, a sociedade deve reprimir cidadãos preconceituosos, gerando discussões e debates sobre o tema. Como consequência, o mar finalmente apagará esse borrão, parafraseando o poema navio negreiro, de Castro Alves.