Enviada em: 15/03/2019

O ativista político Martin Luther King foi um dos principais líderes negros na luta pela igualdade civil entre brancos e negros estadunidenses. Seus discursos eram pautados no desejo de viver em uma sociedade livre de barreiras étnicas, em que as pessoas passariam a ser julgadas de acordo com seu caráter e não baseado em tom de pele. De maneira análoga, no Brasil, não é raro perceber que os ideais de Luther King estão distantes da atual realidade , tendo em vista que, após anos de escravidão, preconceitos, lutas e direitos conquistados o racismo ainda persiste, sobretudo, impulsionado pela herança cultural e negligência do poder público, que impede o avanço social e segrega dia a dia a população.    Primordialmente, cabe considerar que o segregacionismo racial é fruto de um passado que supervalorizava a cultura eurocêntrica. Com isso, é fácil perceber que desde o inicio da colonização, tudo que pertencia aos costumes afro-descendentes eram vistos como errado, desrespeitoso e precisava ser mudado. Religião, danças e comidas, costumes essenciais para incrementar a diversidade cultural do país, foram mau interpretados e distanciava os negros do padrão imposto pelo europeu. Por conseguinte, ate dos dias atuais, essa mentalidade retrógrada se faz presente, por exemplo, em grande parte das novelas o negro recebe papeis relacionados ao trabalho árduo ou ao crime, sendo alvo de piadas e desrespeito.   É importante mencionar ainda, que o desvelo do poder público dimensiona o problema. Isso se dá na medida em que o governo menospreza a atual situação do Brasil - que é de fato racista- e não impõe leis severas para acobertar  etnia oprimida, deixando o negro a mercê de um meio intolerante e cruel. Segundo percentuais apontados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 71% das vítimas de homicídio são negras, o que deixa claro a exposição exorbitante dessa parcela da população a violência , ainda que tenham os mesmo direitos de segurança da parcela branca perante a constituição, deixando claro a urgência de políticas públicas para mudar esse quadro.    Portanto, é mister que o estado tome providências para superar o impasse atual. Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais que enfatize o princípio da isonomia - igualdade de todos perante a lei- alertando as pessoas a respeito das consequências de atos segregacionistas. É importante ainda, que o poder Legislativo seja mais severo em suas punições, elevando as sentenças e multas  para todo e qualquer tipo de crime racial. Somente assim, será possível combater o preconceito étnico e estabelecer a igualdade.