Enviada em: 05/05/2019

Em Supergirl, o personagem James é acusado e abordado por policiais pelo fato de ser negro enquanto o verdadeiro malfeitor (branco) fica a solta. Fora das telas o racismo ainda persiste e é uma realidade vivida por muitos brasileiros.                                                                                                              O Brasil teve sua formação cultural no berço do racismo europeu. Durante muito tempo a escravidão foi presente no Brasil e justificada por teorias científicas que colocavam o negro como inferior aos europeus e criavam um muro invisível entre brancos e negros na sociedade. Mesmo após o fim da escravidão, com todo o domínio do pensamento racista, o racismo se fez presente na sociedade e permanece até hoje chegando a gerar atos discriminatórios e violentos contra os afrodescendentes. Como o ocorrido nesse ano em que duas garotas falam comentários ofensivos para um jovem negro atendente de uma lanchonete.                                                                                                                          “A verdade é que você (e todo brasileiro) tem sangue crioulo.” A música de Sandra de Sá traz uma realidade conhecida por muitos brasileiros, a descendência africana por maioria da população brasileira. Porém, mesmo sabendo disso muitos brasileiros continuam com sua atitudes racistas com atos que minimizam e colocam como inferior os negros. Em um período de uma década, entre 2006 e 2016, a taxa de homicídios de negros cresceu 23,1%. No mesmo período, a taxa entre os não negros caiu 6,8%. Ademais, A taxa de analfabetismo é mais que o dobro entre pretos e pardos (9,9%) do que entre brancos (4,2%), de acordo com a PNAD Contínua de 2016. O que evidência as consequências causadas pela persistência do preconceito racial no Brasil.                                                                              Para minimizar o racismo e suas consequências no Brasil são necessárias medidas. O ministério da Educação deve, por meio de valorização e implantação no currículo da história e cultura africana, valorizar as raízes africanas e agir na base para o fim do racismo, a educação. Além disso, a mídia deve, por meio de campanhas publicitárias, novelas, séries e jornais, valorizar a imagem do negro e colocar em posições iguais a de pessoas brancas. Assim o Brasil diminuirá o racismo e caminhará para um país com igualdade racial como propõe a Constituição de 1988.