Enviada em: 07/06/2019

A questão do racismo no Brasil tem origem na época de colonização em que os negros africanos eram trazidos para trabalhos escravos, e desde então, são tratados como uma raça inferior. Nesse sentido, muitos ignoram o fato de que o período da escravidão já passou e insistem que a população negra é indigna dos direitos dos sociais que os brancos possuem, culminando no etnocentrismo. Logo, nota-se que, embora a Lei Áurea tenha sido aprovado há muitos anos, algumas pessoas vivem como se ainda estivéssemos no passado, fazendo essa descriminação perdurar até os dias atuais. A priori, vale ressaltar que a cultura africana possui grande influência no país, uma vez que parte da nossa identidade cultural é composta pelos seus costumes e hábitos. No entanto,  existe a crença que há sociedades mais civilizadas do que outras, o que leva ao julgamento de raças superiores e inferiores, isto é, o Darwinismo Social. Assim sendo, os valores áfricos são desprezados pela fato de serem considerados inferiores aos outros, dando espaço para o racismo que, por sua vez, abre lugares para as demais coações com a descendência afro-brasileira, como a intolerância religiosa, artística, entre outras. Dessa maneira, fica evidente que se continuar com essa postura, estaremos longe de dissipar esse preconceito das relações entre os cidadãos. A posteriori, é importante frisar que ocorre efeitos bruscos por causa dessa hostilidade, como os homicídios, no quais o número de negros é dobrado comparado aos de brancos, segundo o Jornal Estadão. Nessa perspectiva, vê-se que o homem é o lobo do homem, conforme Thomas Hobbes - filósofo inglês - ou seja, o indivíduo torna-se o seu próprio inimigo, causando mortes aos seus semelhantes e se aproveitando dos mais fracos, de forma que  se coloca numa posição ilusória na qual é melhor que os restantes.  Em vista disso, é necessário que medidas sejam tomadas para a resolução desse impasse, com o objetivo de eliminar essa intolerância dos relacionamentos contemporâneos. Portanto, pode se dizer que a situação no Brasil é extremamente delicada no que se diz respeito ao racismo. Buscando resolver isso, cabe ao Governo por meio do Ministério da Educação, desenvolver palestras nas escolas  e ONGs - uma vez que ações coletivas têm o poder de influenciar o público-alvo - para tratar sobre o relativismo, isto é, compreender a cultura do outro pela visão daquele que a vive. A mídia também pode auxiliar fazendo campanhas, com o propósito de mostrar a importância dos negros para a formação da identidade cultural do nosso país, a fim de que todos sejam conscientizados e mudem seu comportamento na forma de tratamento para com negros. Só assim será possível extinguir o etnocentrismo, e mostrar que o tempo da escravatura acabou desde que a Lei Áurea foi sancionada.