Enviada em: 21/08/2019

Com um histórico de miscigenação tão amplo e rico, o Brasil destacou-se por muitos anos como um país em que a harmonia étnica fazia parte da vivência de seus cidadãos.Intitulada pelo sociólogo Gilberto Freyre como democracia racial,tal linha de pensamento se mostra no mínimo utópica, visto que constantemente são abordados diversos casos de discriminação racial na maioria dos veículos midiáticos ( televisão, redes sociais, portais de notícias, etc).Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que contribuem com esse quadro.  Primeiramente, é impossível deixar de levar em consideração o contexto histórico pelo qual o país passou durante a sua colonização.No ano de 1888, após o fim do regime escravista, muitos negros foram expulsos das fazendas em que viviam,onde por mais que sob condições precárias, tinham comida, e um teto para dormir.Imerso em uma sociedade elitista branca, o negro recém liberto possuía pouca, ou nenhuma oportunidade de emprego ou renda.Dessa forma,a população ex-escrava foi empurrada para os morros e regiões periféricas, acentuando ainda mais a desigualdade social, e viabilizando a criação de diversos estereótipos associados aos traços étnicos desses indivíduos.  Faz se mister, ainda, salientar a questão educacional no Brasil como um dos impulsionadores da problemática, uma vez que,principalmente na educação de base, as crianças não recebem orientações adequadas sobre como lidar com as diferenças étnicas, e não são levadas ao entendimento de que a cor de pele não define um indivíduo.   Portanto, ainda existem entraves na consolidação de políticas que visem a criação de um mundo melhor.Cabe ao MEC ( ministério da educação) ministrar palestras de cunho explicativo nas escolas, principalmente Fundamental I, visando explicar por que ocorrem essas diferenças raciais na espécie humana, e porque não há uma hierarquia entre as etnias.Possibilitando assim, a longo prazo,formar uma sociedade integrada, na qual o respeito ao próximo prevalece sob todos os preconceitos.