Enviada em: 30/08/2019

O racismo não é novidade no Brasil, uma vez que logo no início da colo-nização, os portugueses, baseados no pensamento etnocêntrico, utilizaram mão de obra escrava. Com isso, partiram da ideia de superioridade branca para justificar os atos violentos na escravidão dos negros. No entanto, mesmo após a abolição da escravatura e da criação de leis que visam coi-bir o preconceito racial, essa prática ainda se encontra presente na socie-dade. Portanto, é fundamental analisar as causas desse problema.   Primeiramente, cabe abordar a formação dos cidadãos na comunidade contemporânea. Segundo John Locke, filósofo inglês, no instante de nasci-mento, o homem é como uma tábula rasa, ou seja, todas as idéias que ele possui são adquiridas a longo da vida. Nesse sentido, devido a escassez de metodologias, falta o ensinamento de temas relacionados ao respeito da diversidade étnica na formação básica. Tal fato abre espaço para ideias racistas, como as dos "skinheads", que acreditam na supremacia branca.   Ademais, outro fato a salientar é a herança social herda pela população afrodescendente. Nesse contexto, com o fim da escrevidão o Estado não se preocupou em integrar os ex-escravos ao mercado de trabalho. Assim, devido à falta de oportunidades, muitos deles passaram a viver em condições de extrema pobreza, o que passou para as gerações posterio-res. Isso explica o grande número de crioulos na criminalidade. Em correlação, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 71% das vítimas de homicídios no Brasil são negras.    Fica evidente, portanto, que o racismo ainda se faz presente na sociedade brasileira. Logo, cabe ao Ministério da Educação a implantação desse assunto nas escolas brasileiras, por meio de modificações na Base Nacional Comum Curricular, com o intuito de conscientizar as pessoas, desde a sua formação, sobre a igualdade entre as raças. Além disso, para promover a inclusão, o Congresso Nacional, através medidas provisórias, deve criar cotas para negros nas ofertas de empregos. Assim, combater-se-á o racismo na teoria histórica e na herança social.