Fruto do processo histórico, o racismo firma suas raízes com a chegado dos portugueses ao Brasil e vem percorrendo caminhos diversos até produzir os atuais problemas, que se observa na atualidade. A violência física e psicológica, por exemplo, a discriminação e o preconceito na hora de concorrer a uma vaga de emprego que atinge, sobretudo, negros é uma consequência direta dessa história. O racismo, na sociedade brasileira, enraizou-se a tal ponto que o ser humano não é capaz de reconhecer o seu próximo como ser moral, isto é, também capaz de falar e distinguir o certo do errado.Com efeito, cada vez mais as pessoas são julgadas por pertencerem a determinada raça ou cor de pele, cria-se barreiras que impedem os indivíduos expressarem a própria identidade. Tal afirmativa é corroborada com o aumento, nos últimos anos, de ataques à terreiros e escárnio contra a população afro-brasileira,principalmente. Infelizmente, isso ocorre num país que se autodeclara o berço do multiculturalismo. Ademais, é válido salientar que o racismo não se restringe às ruas, mas está presente em todos os lugares e setores da sociedade, ainda que implícito à primeira vista. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), a população brasileira é composta por mais de 50% de autodeclarados negros ou pardos, no entanto, no Congresso Nacional não chegam a representar 13%, bem como dificilmente esses indivíduos conseguirão, um dia, ocupar um cargo de chefia. Percebe-se, portanto, a necessidade premente de superara centrífuga e ótica segregacionista que é o racismo. Para isso, o Governo pode criar leis mais rígidas contra a exclusão social imperante no Brasil, no intuito de instituir mais justiça e menos preconceito. Some-se a isso o papel das escolas, desde cedo, ensinar aos alunos acerca da diversidade étnica do país e que todos, independente da cor; como cidadãos, merecem serem respeitados. Quem sabe, assim, o racismo não venha mais ferir a dignidade, a identidade e as tradições que constituem o povo brasileiro.