Enviada em: 02/08/2017

É inegável que após 129 anos da Lei Áurea, descendentes de escravizados ainda sofram com a permanência de atitudes de caráter racistas. Alguns não tiveram descendência, mas basta ter a cor de pele negra que tem uma lista de situações desrespeitosas em sua trajetória de vida. As leis existem, porém não intimida a esta parcela da população presa à modelo hierárquico arcaico, desrespeitoso e que jamais deveria ter existido.        Foi em 1888, após quase quatrocentos anos, assinado uma carta que daria liberdade a pessoas que jamais deveriam ter vivido nestas situações: a de escravizados. Foram anos de torturas e humilhações. O Brasil criou uma cultura da necessidade de servos, pessoas submissas aos seus senhores. E na ocasião do descobrimento e desenvolvimento deste novo território os escolhidos foram os negros africanos e não os brancos italianos. Até hoje culmina na cultura de muitos brasileiros que pessoas negras são inferiores ou incapazes de desempenhar determinadas funções. E por vezes estas pessoas passam por situações de injúrias raciais, como os casos mais recentes que envolvem alguns jogadores de futebol.        As ferramentas mais modernas de comunicação, as redes sociais, assim como são utilizadas por indivíduos preconceituosos para difamar ou denegrir um cidadão negro, por acreditarem estar anônimos ao crime cometido, também tem sido uma ferramenta de grande valia para localizar e fazer valer as leis existentes em relação ao preconceito racial, graças aos avanços da tecnologia. Hoje qualquer ato racista não é mais silenciado, não fica impune, a sociedade esta mais unida, não permitindo proteção ou acobertar os criminoso. Talvez ainda demore, para que esta parcela da população preconceituosa perceba que não existem raças humanas e sim a raça humana. Onde indiferente da cor de pele todos  são iguais e tem as mesmas condições em aprender e saber, mas o que os impede de estar em pé de igualdade é apenas a oportunidade ao acesso ao conhecimento.        Contudo se deve observar todas as medidas necessárias para o fim absoluto do racismo no Brasil. É necessário que o cumprimento das leis sejam cada vez mais rigorosas, a população precisa saber que não está sendo silenciado nem tolerado mais o preconceito racial. Mas devemos lembrar que ninguém nasce sabendo, sendo assim o processo educacional deve ser baseado em ensinamentos desde os pequenos o quanto um determinado povo sofreu e merece nosso respeito.O poder público deve investir em campanhas cada vez mais fortes repudiando o racismo, principalmente nas redes sociais que alcançam uma parcela significativa da população jovem. Como dizia Nelson Mandela”ninguém nasce odiando o outro”,não podemos permitir que continue a perpetuar o racismo.