Enviada em: 22/08/2017

O verdadeiro Brasil é negro  Com a Era dos Impérios do século XIX, o colonialismo propagou teorias de supremacias raciais, o que promovia a exploração, principalmente de povos africanos, de modo pseudo-científico. No século seguinte, o mundo começou a entender a irracionalidade dessas teorias e passou a combatê-las. Todavia, o Brasil enraizou em sua história a pseudo-inferioridade dos negros de tal forma que, mesmo com o término do colonialismo, o racismo persiste e de modos diversos, o que dificulta a luta contra sua vigência.  O professor Milton Santos acreditava que o racismo brasileiro é algo difícil de se combater devido a sua não explicitação no dia-a-dia dos cidadãos. Sendo a população brasileira  predominantemente afrodescendente, mas que não é vista na mesma proporção no cotidiano, basta observar quem é visto majoritariamente na maior parte dos comércios, escolas e faculdades, o racismo se torna mascarado. Todavia, comprova-se sua existência quando se observa que as prisões são ocupadas predominantemente por negros e os trabalhos e instituições de ensino são majoritariamente ocupados por brancos.  Algo que existe, porém, não se mostra explicitamente é vendido como inexistente. Assim que se dá o preconceito racial brasileiro, visto que a mídia vende a imagem de um Brasil totalmente respeitador e não preconceituoso. No entanto, os índices de violências física e simbólica são sempre maiores para com os afrodescendentes, já que nas escolas se prioriza o ensino da Europa em detrimento do Africano, mesmo este sendo o maior contribuinte da história do país.  Combater um mascarado é sempre mais complicado, mas não é impossível. Deve-se começar com o ministério da educação colocando a história da África como prioridade, visto que a atual se dá em torno do ensino sobre a Europa. Concomitante, a mídia e seus telejornais precisam divulgar com mais frequência a violência sofrida pela população que é majoritária, mas que não recebe a devida atenção, o negro brasileiro.