Enviada em: 05/06/2019

A Declaração Universal do Direitos Humanos, de 1948, consagra a manutenção do respeito entre os povos de uma nação. No entanto, no cenário brasileiro atual, observa-se justamente o contrário quanto a questão relacionada à moradores de rua. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um grave problema, em razão da falta de empatia da vizinhança, associada a propostas simplistas para solucionar o problema.        Em primeiro plano, é preciso atentar para o desprezo à justiça social. Nessa perspectiva a frase de Martin Luther King, ativista americano dos Direitos Humano, de que " A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar", cabe perfeitamente. Desse modo, tem-se como consequência, a marginalização dessas pessoas.       Alem disso, o tratamento desdenhoso os tangenciam ainda mais para a margem. Na obra "Modernidade Líquida", Zigmunt Baumam defende que a Pós-Modernidade é fortemente influenciada pelo individualismo e pela fluidez dos valores morais. Essa fragilidade ética faz surgir como proposta de solução, alternativas imediatistas como, por exemplo: escondê-los ou enviá-los, compulsoriamente, para abrigos, onde não possam ser vistos, e, consequentemente, passam a ser ignorados.          Logo, percebe-se que são necessárias ações para alterar esse cenário. Por isso, os prefeitos municipais devem implantar programas educativos que incluam os sem-tetos e a comunidade local. Ambos deverão participar de palestras e oficinas em salas de aulas e espaços públicos, com a colaboração de pedagogos, sociólogos e profissionais de saúde. Ademais deverá ter a distribuição de cartilhas educativas e um acompanhamento criterioso dos resultados. Tais ações tem como objetivo favorecer a convivência harmoniosa entre as pessoas e garantir haja respeito mútuo entre aqueles que convivem no mesmo bairro.