Enviada em: 08/06/2019

No livro Homens Invisíveis, o psicólogo Fernando Braga comprova a existência de uma invisibilidade social, a qual atinge, principalmente, pessoas em situação de rua. Nesse sentido, constata-se uma diferença de tratamento entre classes socioeconômicas distintas. Assim, a população que vive na rua enfrenta a exclusão social e, além disso, tem direitos intrínsecos à vida roubados.         A priori, a situação no âmbito social para aqueles que não têm um lar é de invisibilidade. Sob esse viés, no livro de Fernando, o homem invisível é aquele que não era notado e sofria julgamentos pelo seu esteriótipo, análogo a isso, a sociedade real se comporta dessa forma. Sob essa ótica, o filósofo Immanuel Kant afirma que o princípio da ética é agir de forma que uma ação possa se tornar uma prática universal. Dessa  forma, a ética kantiana traz a possibilidade da interação social servir de ação para diminuir a exclusão.        Além disso, não só os direitos sociais se mostram defasados, mas também os jurídicos. Consequentemente, os direitos assegurados pela Constituição de 1988 têm o seu lugar tomado, o que causa um lapso na educação. Isso pode ser comprovado por meio de uma pesquisa do Senado, a qual explicita que apenas 5% das pessoas em situação de rua frequentam algum centro de ensino. Destarte, essa parcela da população encara um distanciamento social causado pela exclusão e, assim, essa deve ser combatida.          Portanto, medidas devem ser tomadas a fim de mitigar a exclusão da população em situação de rua no Brasil. Para que isso ocorra, é fundamental que o Ministério da Educação e Cultura crie projetos de ensino para os grupos, o que findaria em um nivelamento de direitos. Isso pode ser feito por meio de aulas dadas por professores, os quais receberiam salário e condições dignas de ensino. Dessa maneira, a educação diminuiria as diferenças socioeconômicas e daria mais oportunidade para o grupo, que tiraria por mais vezes a capa de invisibilidade.