Enviada em: 20/06/2019

De acordo com os parâmetros expostos na Constituição Brasileira de 1988, todo cidadão tem direito a saúde, alimentação, segurança e moradia. Contudo, a realidade vai de encontro com "dogmas" civis, visto que existe em território brasileiro uma parcela significativa que vive precária desses direitos, como a população em situação de rua. Dessa forma, é preciso analisar as causas, consequências e possíveis soluções para esse entorno social e político.       A priori, é importante ressaltar o pensamento do filósofo e contratualista Jean-Jacques Rousseau. Para esse estudioso, o Estado deve existir para diminuir os efeitos da desigualdade social. De maneira contrária, o Governo democrático brasileiro quebra com esse contrato social, pois não garante  o amparo necessário para a população pobre em situação de rua. Visto que não é fornecido alimentação, moradia e oportunidades de ingressar no mercado de trabalho e em clínicas de reabilitação- para aquela parcela da população que tem problemas com drogas. Dessa forma, a miséria no Brasil tem poder acumulativo e permanente.       Por conseguinte, o preconceito social é outro problema mal discutido acerca da população em situação de rua no Brasil. Para isso, é preciso destacar a frase do escritor e poeta Mário de Andrade, cego é aquele que não vê seu próximo morrer de fome, de frio e de miséria. De forma análoga, a sociedade brasileira vive em uma cegueira empática, visto que muitos empresários não fornecem emprego a moradores de rua pelo preconceito e pelo pensamento antiquado de que essa população sofre com problemas de drogas. Além disso, a violência, tanto verbal, quanto física, é outro problema social, pois a sociedade trata essas pessoas como marginais e ainda. como animais. Essa situação é caótica, contudo, mutável.       Logo, observa-se que para findar com a miséria em que vivem os moradores de rua e fornecer o bem estar social é preciso a ação do governo e da sociedade. Portanto, é necessário que o Estado brasileiro construa propriedades para distribuir para esse público e também, sejam criados postos de saúde e centros de reabilitação para atender a essa população. Além disso, o governo deve criar cotas em empresas públicas para estimular o emprego destinado para essa população e também, o Ministério da educação deve promover a qualificação, criando escolas e cursos profissionalizantes direcionados a essa parcela da sociedade. Para isso, é preciso também que a sociedade colabore com a empatia, podem ser criadas ONGs para estimular a ajuda para essas famílias necessitadas, fornecendo cestas básicas e possibilidade de empregos. Desse modo, a sociedade brasileira sairia da cegueira em que remete o poeta Mário Quintana.