Enviada em: 24/06/2019

O filósofo Iluminista John Locke , em sua teoria sobre o Contrato Social, afirma que os seres humanos nascem com direitos inalienáveis, como a vida, a liberdade e a propriedade. Entretanto, na contemporaneidade, parte da população está restrita à contemplar dos benefícios. Destarte, convém analisar a influência do Estado e da sociedade para a perpetuação dos moradores de rua no Brasil.      Convém ressaltar, em primeiro plano, que o problema advém, em muito, por descaso do Estado. Sendo que, por falta de investimentos em aumento do número de vagas em emprego, contribui para o grande desemprego no Brasil. Ademais, perpetua a migração, de parte dos desempregados, para às ruas.  Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Estatística Aplicada(IPEA), de 2017, das 101 mil pessoas em situações de rua, 70% afirmou a necessidade de emprego para sair da condição. Portanto, é inaceitável que o Governo contribua para o problema.    Outrossim, a marginalização da população de rua, por parte da sociedade, corrobora com a perpetuação da problemática. Ao advento da modernidade, com o impulsionamento da mídia, através da televisão e internet, facilita a criação da indústria do medo, em que os moradores de rua, são vistos como inimigo. Segundo o sociólogo contemporâneo, Sergio Adorno,  define como Violência Simbólica, agressão a valores culturais relativos a respeito mútuo e a dignidade das pessoas. Sendo assim, é inadmissível que comunidade exclua algum indivíduo, visto que é violência.     É possível defender, portanto, que impasses Estaduais e sociais constituem desafios a superar. Para tanto, cabe ao Poder Público ampliar o número de vagas em empregos, através de verbas públicas, com o intuito de incluir e tornar possível o acesso a uma digna vida a todos. Ademais, associado a ONGS, deve alertar a população sobre as mazelas ao discriminar os moradores, por meio de campanhas educativas. Isso pode ocorrer com a realização de narrativas ficcionais engajadas, que tratem do tema. Feito isso, será possível o acesso aos direitos inalienáveis por todos.