Enviada em: 25/06/2019

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o tamanho da população de rua, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intimamente ligada à realidade do país, seja pela falta de oportunidades que os moradores de rua não recebem, seja pelo receio das pessoas em ajudar os mesmos. Nesse sentido convém analisarmos as consequências de tal postura negligente.        É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que por meio da justiça, o equilíbrio seja mantido na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que a ausência de oportunidades para indivíduos de via rompe essa harmônia, haja vista que não possui equilíbrio em todos os aspectos, pois esse moradores são discriminados diariamente, por todos aqueles que possuem um emprego formal, não percebendo que não estão ali porque querem e sim pelas dificuldade que passaram.  Outrossim, destaca-se, a inexistência de compaixão dos seres humanos com o povo da rua como impulsionador do impasse. De acordo com o cineasta Manoel de Oliveira, é mais importante a saúde do que o dinheiro, pois uma pessoa com saúde pode dormir no chão e um rico doente pode não ter posição na cama. Seguindo essa linha de pensamento, percebe-se que os cidadãos só dão valor ao dinheiro e não notam o quanto a saúde é necessária, pois tem muitos moradores de rua mais felizes que donos de empresa. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte as Ong's para ajudar essas pessoas a trabalhar e conseguir comprar comida e roupa, fazendo algum trabalho informal mas que ganhe um "dinheirinho'',  para conseguir viver numa sociedade tão cruel como essa.