Enviada em: 08/07/2019

Os moradores de rua, uma questão de vulnerabilidade social    De acordo com estatísticas divulgadas pelo ministério do desenvolvimento social e combate a fome, até o ano de 2008, dentre os principais motivos que levaram as pessoas a morarem nas ruas foi o envolvimento com drogas, desavença com parentes e desemprego. A falta de estrutura familiar aliada a desigualdade social gera graves consequências que refletem cada vez mais o descaso do poder público.             Entre os direitos sociais assegurados pelo do Art. 6º da Constituição brasileira, está o direito a saúde,  ao trabalho, a moradia e a assistência aos desamparados na forma da lei. Entretanto a realidade demonstra que esses direitos são negados a uma grande parcela da população que está condenada a abrigar-se em calçadas, marquises e viadutos, essas pessoas são expostas a todo tipo de violência.           Para além das questões relacionadas a falta de abrigo, a fome e a miséria, os moradores de rua são alvo de inúmeros preconceitos, pois quando não são invisibilizados, são ferozmente discriminados, vistos como a escória da sociedade que perturbam o equilíbrio social, esses cidadãos são diariamente coisificados por aqueles que não conseguem perceber que os moradores de rua também são pessoas humanas com histórias de vida que os levaram a caminhos diferentes.            O poder público, por sua vez parece inoperante ante uma realidade que cada vez mais cresce, aumentando o caos, contribuindo assim para a naturalização das desigualdades.          Dado o exposto, faz-se necessário que Estado assuma o seu protagonismo, fazendo o mapeamento, identificação dos moradores de rua, reabilitação dos que sofrem com drogas através da implantação de políticas públicas que deem conta ressocializar essas pessoas, garantindo-lhes os direitos e garantias sociais previstos na constituição, é necessário que todos entendam que a situação dos sem teto, é uma questão que reflete a inércia do estado e o preconceito social.